março 31, 2008
A party this good
You can tell a party was good by looking at how it ends. This, as you could see by the shoes off, the glasses half empty, and the joy on everyone's faces, at about four in the morning when the last waiters asked us to leave so they could go home as well! Those hanging shoes are mine and they needed a rest way before I did!
março 29, 2008
D-Day
Estou com sono, acordada já há algum tempo, já perambulei pra lá e pra cá em busca de últimos detalhes para a festa do casamento.
Não, o casamento não é meu, e se fosse meu certamente não teria tanta pompa e formalidades, mas estou achando tudo muito lindo, e estou me divertindo (eu ainda tenho que contar do dia do ensaio, não me deixe esquecer!) e, confesso, acabo me envolvendo e me empolgando e querendo participar. Mesmo que não seja o meu sonho, mesmo que não seja como eu faria, eu acabo me empolgando.
Agora falta pouco. O vestido precisou ter a barra feita, e era pra estar pronto ontem, e não. Um lado ficou maior que o outro... sim, você consegue conceber uma costureira que tenha marcado uma barra errada? Comprido na frente e curto atrás? Nem eu, nem eu.
Depois, cabelo, maquiagem, uma dormidinha básica e, festa.
Prometo escrever mais assim que me recuperar.
Um beijo, da Power Ranger Vermelha (ou, teamleader da equipe da direita, ehehehehe)
Não, o casamento não é meu, e se fosse meu certamente não teria tanta pompa e formalidades, mas estou achando tudo muito lindo, e estou me divertindo (eu ainda tenho que contar do dia do ensaio, não me deixe esquecer!) e, confesso, acabo me envolvendo e me empolgando e querendo participar. Mesmo que não seja o meu sonho, mesmo que não seja como eu faria, eu acabo me empolgando.
Agora falta pouco. O vestido precisou ter a barra feita, e era pra estar pronto ontem, e não. Um lado ficou maior que o outro... sim, você consegue conceber uma costureira que tenha marcado uma barra errada? Comprido na frente e curto atrás? Nem eu, nem eu.
Depois, cabelo, maquiagem, uma dormidinha básica e, festa.
Prometo escrever mais assim que me recuperar.
Um beijo, da Power Ranger Vermelha (ou, teamleader da equipe da direita, ehehehehe)
Flavoured:
celebration,
miscelanious,
SDB(social-dysfuntional-behavior),
wardrobe
Este e o vestido! Detalhe: foto enviada
Este e o vestido! Detalhe: foto enviada do meu celular diretamente para este post! (Eu amo este mundo caótico conectado e tecnológico!) :-)
março 28, 2008
Três coisas boas do dia de hoje!
1. Hoje é sexta-feira!
2. Hoje é sexta-feira!
3. Hoje é sexta-feira!
Com direito a bônus:
4. Hoje é sexta-feira!
março 27, 2008
Feliz aniversário para a cidade!!
Não, não vou cantar a musiquinha que diz o quão demais a cidade é. Ela é. Demais e várias outras coisas. E é minha. Como um livro eu a leio, passo meus olhos pelas calçadas e entendo todas as passadas que já ouviram, os passos duros da história, as passadas leves da paixão, os caminhos tranquilos dos velhinhos, entendo tudo isso porque entendo a cidade. Eu vivo a cidade. Eu pertenço a ela tanto quanto ela me pertence, e por causa disso não preciso cantar os versos repetidos infinitas vezes, das gôndolas do supermercado para outras cidades do mundo. Não preciso dizer que é nostálgico pensar em ruas da cidade pelas quais talvez não passarei, porque seria por demais clichê.
Não preciso traduzir nas palavras de outros o sentimento que me faz pular um pulsar de ventrículo sempre que passo pelas ruas tão lindas com o brilho do sol que se reflete no Guaíba se multiplicando pela cidade refletido nas fachadas, nas janelas, nos capôs dos carros no engarrafamento, nos copos gelados pelos bares e calçadas.
Basta dizer que é a cidade onde nasci. Onde sempre estive, mesmo que longe (mesmo que ame ame ame Curitiba com todas as forças por tudo que aprendi por lá.). Para onde sempre voltarei, provavelmente. Porque não é apenas a cidade onde nasci. É a cidade onde me dei à luz, a cidade que se fez luz no meu caminho, a cidade que me fez enxergar as luzes do mundo e ler, nas ruas, nas calçadas, nos muros pintados e cartazes descascados, as histórias do mundo. E com isso torná-lo meu, fazer da cidade parte da minha realidade, da minha intimidade. Linhas curvas e tortas e rabiscadas onde escrevo minha história.
Ok, eu sei que já passou da meia-noite, mas como não dormi, ainda é dia 26 de março. Então ainda é aniversário. Então ainda posso desejar Feliz Aniversário! para a minha cidade, para A cidade!
(copiado de littledreamergirl, resultado de uma busca por imagens.)
Flavoured:
beleza,
celebration,
foto,
ufanismo
Muito chique
Em busca de um vestido para o casamento, caminhei pela cidade inteira, entrei em todas as lojas - das mais chiques às mais simplinhas - e nada.
Aí fui ao shopping e entrei numa loja muito legal e lá fui eu em busca dos modelitos. Separei três e no caminho para o provador aproveito para perguntar à vendedora (simpatissíssima, como eu nunca imaginei que poderia ser numa loja dessas) o preço dos vestidos.
Sentem-se primeiro. Segurem-se na cadeira. Prontos? Lá vai. Dois mil e quatrocentos reais. Ok, ok, eram uns trezentos e alguma coisa. Mas a parte do dois mil está certa.
Espantada, pergunto o motivo do vestido custar tão caro. Ela, super atenciosa, me explicou que o vestido era de seda pura, bla bla bla, e que o corte era ótimo, bla bla bla. Ainda pensei, bem, se é tão caro, e se é tão bom, e tudo, então o vestido tem que ficar perfeito. No mínimo.
Certo? Errado. Ficou todo engruvinhado (isso é uma palavra?) na altura do seio, e o zíper lateral criou umas lombadinhas horríveis, e a saia, bem, apenas digamos que corte ótimo não significa necessariamente caimento ótimo.
A vendedora ainda ficou tentando disfarçar, mas estava vísivel que ela também ficou decepcionada com o resultado do tal vestido perfeito. Todos os outros - os "baratinhos", se comparados com o preço do "perfeito", ainda que way far from my budget - ficaram ótimos. Um não era uma cor que me favorecesse (lembrei da comunidade do orkut, da luz que favorece, alguém sabe sobre o que fala mesmo?) - coral não é uma cor que fique bonita em pessoas, ok, talvez só em paredes de Miami -, outro era muito parecido com o vestido que já tenho (e, bem se é pra comprar uma coisa quase igual a outra que eu já tenha, que não seja sapatos e vestidos pretos, bem, então é melhor não comprar, certo?), e daí teve um* que, ah sim!, ficou lindo e perfeito e não tão decotado assim (sim, porque comigo não tem essa de não-decote definitivo, a menos que seja uma blusa gola alta, e qualquer micro-decote já vira um super decote, due to my naturally big breast - which I'm very proud of, diga-se) e, melhor, versátil. Sim, porque o que mais estava me matando era saber que um vestido iria custar caro e que eu teria poucas chances de poder usá-lo em outras ocasiões, ou por ser chique demais ou por ser formal demais.
E aí todos os problemas se resolveram. E meus pés até que pararam de doer um pouco. E eu comecei a pensar que as coisas estão dando muito certo, afterall!
* São altas as chances de haver fotos na sequência. Stay tuned!
Aí fui ao shopping e entrei numa loja muito legal e lá fui eu em busca dos modelitos. Separei três e no caminho para o provador aproveito para perguntar à vendedora (simpatissíssima, como eu nunca imaginei que poderia ser numa loja dessas) o preço dos vestidos.
Sentem-se primeiro. Segurem-se na cadeira. Prontos? Lá vai. Dois mil e quatrocentos reais. Ok, ok, eram uns trezentos e alguma coisa. Mas a parte do dois mil está certa.
Espantada, pergunto o motivo do vestido custar tão caro. Ela, super atenciosa, me explicou que o vestido era de seda pura, bla bla bla, e que o corte era ótimo, bla bla bla. Ainda pensei, bem, se é tão caro, e se é tão bom, e tudo, então o vestido tem que ficar perfeito. No mínimo.
Certo? Errado. Ficou todo engruvinhado (isso é uma palavra?) na altura do seio, e o zíper lateral criou umas lombadinhas horríveis, e a saia, bem, apenas digamos que corte ótimo não significa necessariamente caimento ótimo.
A vendedora ainda ficou tentando disfarçar, mas estava vísivel que ela também ficou decepcionada com o resultado do tal vestido perfeito. Todos os outros - os "baratinhos", se comparados com o preço do "perfeito", ainda que way far from my budget - ficaram ótimos. Um não era uma cor que me favorecesse (lembrei da comunidade do orkut, da luz que favorece, alguém sabe sobre o que fala mesmo?) - coral não é uma cor que fique bonita em pessoas, ok, talvez só em paredes de Miami -, outro era muito parecido com o vestido que já tenho (e, bem se é pra comprar uma coisa quase igual a outra que eu já tenha, que não seja sapatos e vestidos pretos, bem, então é melhor não comprar, certo?), e daí teve um* que, ah sim!, ficou lindo e perfeito e não tão decotado assim (sim, porque comigo não tem essa de não-decote definitivo, a menos que seja uma blusa gola alta, e qualquer micro-decote já vira um super decote, due to my naturally big breast - which I'm very proud of, diga-se) e, melhor, versátil. Sim, porque o que mais estava me matando era saber que um vestido iria custar caro e que eu teria poucas chances de poder usá-lo em outras ocasiões, ou por ser chique demais ou por ser formal demais.
E aí todos os problemas se resolveram. E meus pés até que pararam de doer um pouco. E eu comecei a pensar que as coisas estão dando muito certo, afterall!
* São altas as chances de haver fotos na sequência. Stay tuned!
Flavoured:
celebration,
coisas-boas-da-vida,
futilidades,
wardrobe
março 25, 2008
Resquícios do fim do verão
Standing outside the fire
Como me disse um amigo meu, há um tempo atrás,
We call them cool
Those hearts that have no scars to show
The ones that never do let go
And risk it the tables being turned
We call them fools
Who have to dance within the flame
Who chance the sorrow and the shame
That always come with getting burned
But you got to be tough when consumed by desire
'Cause it's not enough just to stand outside the fire
We call them strong
Those who can face this world alone
Who seem to get by on their own
Those who will never take the fall
We call them weak
Who are unable to resist
The slightest chance love might exist
And for that forsake it all
They're so hell bent on giving, walking a wire
Convinced it's not living if you stand outside the fire
Standing outside the fire
Standing outside the fire
Life is not tried it is merely survived
If you're standing outside the fire
There's this love that is burning
Deep in my soul
Constantly yearning to get out of control
Wanting to fly hiher and higher
I can't abide standing outside the fire
(Sim, ok, estou com um tanto de preguiça mesmo de escrever. Se não vale música pra dizer que eu ainda ando por aqui, e bem, obrigada, mas muito mais no mundo real que virtual, será que vale foto?)
a vida é de se consumir dentro do prazo de validade. Depois que ele expira, não
adianta querer envenenar-se.
We call them cool
Those hearts that have no scars to show
The ones that never do let go
And risk it the tables being turned
We call them fools
Who have to dance within the flame
Who chance the sorrow and the shame
That always come with getting burned
But you got to be tough when consumed by desire
'Cause it's not enough just to stand outside the fire
We call them strong
Those who can face this world alone
Who seem to get by on their own
Those who will never take the fall
We call them weak
Who are unable to resist
The slightest chance love might exist
And for that forsake it all
They're so hell bent on giving, walking a wire
Convinced it's not living if you stand outside the fire
Standing outside the fire
Standing outside the fire
Life is not tried it is merely survived
If you're standing outside the fire
There's this love that is burning
Deep in my soul
Constantly yearning to get out of control
Wanting to fly hiher and higher
I can't abide standing outside the fire
(Sim, ok, estou com um tanto de preguiça mesmo de escrever. Se não vale música pra dizer que eu ainda ando por aqui, e bem, obrigada, mas muito mais no mundo real que virtual, será que vale foto?)
Flavoured:
Englishwritten,
joy,
metáforas,
music,
SDB(social-dysfuntional-behavior)
março 20, 2008
From Self Portrait Challenge - Friday #3 on Politics
(this is my view on Politics for SelfPortraitChallenge, where you get to see other views and lovely portraits)
I grew up with the idea of Politics as a thing distant from me. As I grew up Brazil was in a transition moment of History, because the people were craving for changes, for more rights, for democracy at its fullest. Back then I couldn’t realize how things would change so much in so little time, but I remember sitting with my Grandfather in the couch, watching a lot of men in suits arguing and talking to each other and holding up our flag - and let me just say I was always amazed by the lively green and shiny yellow of the Brazilian flag - and also there was Fafá de Belém, a Brazilian singer, singing Brazil’s National anthem, in a way that even today still gets me emotional.
Those were Congressmen voting for more freedom for the people. That was the vote for the new Constitution, and the Militaries were officially stepping down from the Government, and the general feel was relief and a breeze of new air - new ideas, new opportunities, changes - in History.
A few years later, I felt more a part of this thing called Politics when I painted my face green and yellow and joined thousands of others on the streets to impeach and take a corrupt politic from the presidency. But it still wasn’t then for me to realize how important our actions - as little as may seem right now - for the making of History.
It wasn't only until a few years ago that I realized I, back then, was living at a turning point time in the History of my country, and then I started to understand that Politics are not distant or far. Even for those who don't want to take a stand, or don't want to get involved, it is impossible. If you live in a group, if you interact with you neighboors, it is already Politics.
This being said, the pictures that caught my eye were those reflecting the importance of the individual stand on subjects, any subject, and the influence one might have on the events of the community, or the society in general.
This one, for example, shows us that there’s no better equation for beauty than self-love, self-respect.
(from amarettogirl)
The next one reminds us about our choices. We are what we eat, and our lives are what we make of them, and Politics are, inevitably, the sum of our choices and actions as a part of a social group.
(from anniejamaica)
But the most significant for me this week was this one. It tells me we need to teach our children about what’s right and wrong, what’s good and what’s bad, because is their duty to continue the steps we take today. And, as we are responsible for the political choices and decisions today, we have to gaze to the past as children, and avoid the mistakes made in the past, in order to grow as a civilization.
(from juneblue)
I don’t know if I was able to express my idea of Politics. Because Politics, as I see it, is not only a matter of choosing between Democrats and Republicans, it is part of every decision we make, in any level of life.
Happy Easter for those, as myself, who celebrate Easter. And keep in mind, History is what we make of it everyday.
Here a few other views on Politics that I enjoyed:
Acumamakiki
Menottesdetica
Kateswoboda
Baby-Faith
Whatitdonb
Dragonflyjourneys4women
I grew up with the idea of Politics as a thing distant from me. As I grew up Brazil was in a transition moment of History, because the people were craving for changes, for more rights, for democracy at its fullest. Back then I couldn’t realize how things would change so much in so little time, but I remember sitting with my Grandfather in the couch, watching a lot of men in suits arguing and talking to each other and holding up our flag - and let me just say I was always amazed by the lively green and shiny yellow of the Brazilian flag - and also there was Fafá de Belém, a Brazilian singer, singing Brazil’s National anthem, in a way that even today still gets me emotional.
Those were Congressmen voting for more freedom for the people. That was the vote for the new Constitution, and the Militaries were officially stepping down from the Government, and the general feel was relief and a breeze of new air - new ideas, new opportunities, changes - in History.
A few years later, I felt more a part of this thing called Politics when I painted my face green and yellow and joined thousands of others on the streets to impeach and take a corrupt politic from the presidency. But it still wasn’t then for me to realize how important our actions - as little as may seem right now - for the making of History.
It wasn't only until a few years ago that I realized I, back then, was living at a turning point time in the History of my country, and then I started to understand that Politics are not distant or far. Even for those who don't want to take a stand, or don't want to get involved, it is impossible. If you live in a group, if you interact with you neighboors, it is already Politics.
This being said, the pictures that caught my eye were those reflecting the importance of the individual stand on subjects, any subject, and the influence one might have on the events of the community, or the society in general.
This one, for example, shows us that there’s no better equation for beauty than self-love, self-respect.
(from amarettogirl)
The next one reminds us about our choices. We are what we eat, and our lives are what we make of them, and Politics are, inevitably, the sum of our choices and actions as a part of a social group.
(from anniejamaica)
But the most significant for me this week was this one. It tells me we need to teach our children about what’s right and wrong, what’s good and what’s bad, because is their duty to continue the steps we take today. And, as we are responsible for the political choices and decisions today, we have to gaze to the past as children, and avoid the mistakes made in the past, in order to grow as a civilization.
(from juneblue)
I don’t know if I was able to express my idea of Politics. Because Politics, as I see it, is not only a matter of choosing between Democrats and Republicans, it is part of every decision we make, in any level of life.
Happy Easter for those, as myself, who celebrate Easter. And keep in mind, History is what we make of it everyday.
Here a few other views on Politics that I enjoyed:
Acumamakiki
Menottesdetica
Kateswoboda
Baby-Faith
Whatitdonb
Dragonflyjourneys4women
Flavoured:
celebration,
Englishwritten,
foto,
questionamentos,
self-portrait-project
março 18, 2008
Diarices
Que bizarro o quanto o teor dos meus assuntos aqui foi mudando.
Será preguiça de pensar? Será ansiedade por tantos acontecimentos na vida real? Será um medo da exposição? Ou será parte de um grande movimento pendular que se repete na minha vida e que me faz me aproximar muito - a ponto de não conseguir respirar - e me afastar na mesma medida -para conseguir ter novamente a perspectiva de valor - saudável e sazonalmente das coisas (e, bem, sim, também das pessoas)?
Hmmm, são tantos os questionamentos que nem sei por onde começar.
Será preguiça de pensar? Será ansiedade por tantos acontecimentos na vida real? Será um medo da exposição? Ou será parte de um grande movimento pendular que se repete na minha vida e que me faz me aproximar muito - a ponto de não conseguir respirar - e me afastar na mesma medida -para conseguir ter novamente a perspectiva de valor - saudável e sazonalmente das coisas (e, bem, sim, também das pessoas)?
Hmmm, são tantos os questionamentos que nem sei por onde começar.
SUCH a lovely day!
Dia ensolarado e bonito, hoje.
Acordei de uma noite curta e agitada, um tanto quente demais para esta época do ano, e aproveitei o tempo na sala de espera do consultório médico (afinal, eu não tinha hora marcada, porque era uma consulta de emergência!) para atualizar minha agenda e rabiscar algumas idéias.
Aí fui tirar sangue pros exames e ao menos o enfermeiro não usou aquela coisa que fica na veia para encher os tubinhos, e não machucou muito meu braço. E isso era quase meio dia e eu estava sem comer. A coisa boa foi que ganhei um café e um pão-de-queijo por ter tirado sangue.
Uma vez que não ia trabalhar mesmo, aproveitei e levei minha camera para a assistência técnica indicada pela empresa da garantia. Não querendo ser ofensiva, mas o lugar gave me the creeps. Quando cheguei, havia um cliente reclamando de um conserto mal-feito e o atendente simplesmente comentou que o cliente deveria ter vindo reclamar antes, pois havia assinado um termo afirmando estar ciente do prazo de tantos dias para reclamar do serviço. Yâcks, eu fiquei com medo. Bem que pode mesmo ser uma coisa muito muito difícil e cara de arrumar para eles decidirem me dar uma camera nova.
Bem, saí em busca de presentes de aniversário, e isso até é uma coisa que gosto bastante, mas estava calor. E eu estava cansada. Acho que fiz um bom trabalho, espero mesmo que as pessoas gostem do presente.
Cheguei em casa cedinho, e isso foi ótimo. Tirando a incomodação do exame e da doença física em si, o dia foi ótimo. Claro, principalmente porque não fui trabalhar, mas também porque o céu estava lindo e radiante, e o azul num tom clarinho, e eu até vi uma borboleta no centro da cidade. Perdida, talvez.
Não arrumei o armário, não separei os papéis que tenho que jogar no lixo, mas tirei uma soneca deliciosa quando cheguei em casa que me curou o sono e o cansaço. E estou aqui, acordadíssima, e não sei quando vou conseguir dormir. Será que é o começo de uma nova fase de insônia produtiva? Espero que sim.
E se não fosse pela doença em si, da alteração física do corpo, eu poderia call in sick almoust everyday.
Flavoured:
beleza,
coisas-boas-da-vida,
diarices,
SDB(social-dysfuntional-behavior)
março 17, 2008
Erin Go Bragh!
Happy St Patrick's Day, everyone!!
Na dúvida, estou levando uma bolsa meio grande. Vai que eu encontro um leprechaun dando sopa por aí, já prendo ele. E só solto depois que ele me der o tal pote de ouro!
Flavoured:
celebration,
coisas-boas-da-vida
Uma avertura no Alaska
Depois de um dia inteiro vendo episódios de 30 Rock, acabamos por ver, Boyfriend and I, um filme baseado numa história real.
Into the Wild mostra a jornada de um cara - um cara normal, recém formado, cheio de possibilidades, inteligente, simpático, bonito e educado - que resolve largar tudo, absolutamente tudo, para ir viver isoladamente no Alaska. É claro que o filme o mostra como querido e bonzinho e não obsecado e egoísta, mesmo não ligando para todos os apelos das pessoas que vai conquistando pelo caminho para que fique mais um pouco, para que não se isole tanto, para que tente encontrar o que procura um pouco mais perto das pessoas que o amam.
Christopher - interpretado pelo fofíssimo e talentoso Emile Hirsch -decide que só conseguirá se curar da influência negativa da sociedade (sim, porque até dinheiro ele queima!) se estiver longe dela, mas longe mesmo, tanto é que a maior parte do tempo ele passa sozinho, caminhando, seguindo, procurando, fugindo, sabe-se lá o que se passava na cabeça do moço, e só sossega quando encontra um lugar muito alto, afastado, nos confins do mundo, coberto de neve e sem chance de contato humano.
[SPOILER ALERT ON] As coisas começam a ficar complicadas, ele se dá conta de que não consegue fazer tudo sozinho. Quando caça um alce, por exemplo, ele não consegue tirar a pele e separar as partes do bicho e defumar a carne sozinho antes que as moscas a contaminem. Nem consegue manter a mente saudável, não tem com quem conversar, não tem com quê se entreter depois de ler os mesmos livros over and over and over again. Até que chega um ponto que, de tanto procurar a felicidade, e tentar abdicar de todo o desejo e civilização - porque lhe disseram os livros de que a Natureza lhe proveria de tudo que precisasse, e não precisaria de nada mais que alguma comida, um lugar a salvo da chuva, e literatura. E ele se dá conta, quando a comida acaba, quando a água acaba, quando ele se envenena com umas plantas e não tem a quem pedir ajuda, - pior! - quando tenta voltar pra casa e não consegue ultrapassar o rio que estava baixo no inverno e que agora tem uma correnteza que quase o mata, que não basta comida, abrigo, literatura, se não se tem alguém com quem dividir isso tudo. Mas aí é tarde demais para se dar conta de que a felicidade só existe quando é compartilhada. [SPOILER ALERT OFF]
Ok, é uma história bonita, da busca de um indivíduo por auto-realização, iluminação, ou qualquer coisa assim, mas é, ainda assim, uma história individualista e egocêntrica.
Em nenhum momento ele avisou os pais, ou se despediu da irmã. Sequer usava o nome verdadeiro, e picotou documentos e cartões. E não pensou na preocupação que as pessoas sentiriam ao passar dois anos sem ter notícias dele. E não pensou que poderia acontecer alguma coisa com ele e, isolado, ninguém ficaria sabendo. Ele apenas pensou no caminho que precisava trilhar, e seguiu por ele.
Não que não seja bonito ter tanta determinação, tanto foco, tanta força de vontade e disciplina. Mas assim, fica a pergunta - ao menos para mim - qual o sentido de ter ido até lá? Provar que podia? Ok, provou, e depois? Ah, não era só isso, era para dar um tapa na cara da sociedade, então. [SPOILER ALERT ON] Bem, digamos que morrer sozinho de fome e sede e frio, num lugar isolado, para ter seu corpo encontrado duas semanas depois da sua morte não é a maneira mais adequada de chocar a sociedade ou chamar a atenção para algum problema existencial-filosófico. Mas, se não fosse isso, se ele tivesse mesmo voltado e encontrado os pais, e ter feito algo com essa sua experiência, sua aventura, de repente a mensagem poderia ser mais abrangente. Talvez não tão forte e impactante quando sua morte, mas ainda assim, ao menos para mim, seria mais cheia de sentido.[SPOILER ALERT OFF]
De qualquer forma, assistam. É bonito e tem algumas mensagens importantes.
Into the Wild mostra a jornada de um cara - um cara normal, recém formado, cheio de possibilidades, inteligente, simpático, bonito e educado - que resolve largar tudo, absolutamente tudo, para ir viver isoladamente no Alaska. É claro que o filme o mostra como querido e bonzinho e não obsecado e egoísta, mesmo não ligando para todos os apelos das pessoas que vai conquistando pelo caminho para que fique mais um pouco, para que não se isole tanto, para que tente encontrar o que procura um pouco mais perto das pessoas que o amam.
Christopher - interpretado pelo fofíssimo e talentoso Emile Hirsch -decide que só conseguirá se curar da influência negativa da sociedade (sim, porque até dinheiro ele queima!) se estiver longe dela, mas longe mesmo, tanto é que a maior parte do tempo ele passa sozinho, caminhando, seguindo, procurando, fugindo, sabe-se lá o que se passava na cabeça do moço, e só sossega quando encontra um lugar muito alto, afastado, nos confins do mundo, coberto de neve e sem chance de contato humano.
[SPOILER ALERT ON] As coisas começam a ficar complicadas, ele se dá conta de que não consegue fazer tudo sozinho. Quando caça um alce, por exemplo, ele não consegue tirar a pele e separar as partes do bicho e defumar a carne sozinho antes que as moscas a contaminem. Nem consegue manter a mente saudável, não tem com quem conversar, não tem com quê se entreter depois de ler os mesmos livros over and over and over again. Até que chega um ponto que, de tanto procurar a felicidade, e tentar abdicar de todo o desejo e civilização - porque lhe disseram os livros de que a Natureza lhe proveria de tudo que precisasse, e não precisaria de nada mais que alguma comida, um lugar a salvo da chuva, e literatura. E ele se dá conta, quando a comida acaba, quando a água acaba, quando ele se envenena com umas plantas e não tem a quem pedir ajuda, - pior! - quando tenta voltar pra casa e não consegue ultrapassar o rio que estava baixo no inverno e que agora tem uma correnteza que quase o mata, que não basta comida, abrigo, literatura, se não se tem alguém com quem dividir isso tudo. Mas aí é tarde demais para se dar conta de que a felicidade só existe quando é compartilhada. [SPOILER ALERT OFF]
Ok, é uma história bonita, da busca de um indivíduo por auto-realização, iluminação, ou qualquer coisa assim, mas é, ainda assim, uma história individualista e egocêntrica.
Em nenhum momento ele avisou os pais, ou se despediu da irmã. Sequer usava o nome verdadeiro, e picotou documentos e cartões. E não pensou na preocupação que as pessoas sentiriam ao passar dois anos sem ter notícias dele. E não pensou que poderia acontecer alguma coisa com ele e, isolado, ninguém ficaria sabendo. Ele apenas pensou no caminho que precisava trilhar, e seguiu por ele.
Não que não seja bonito ter tanta determinação, tanto foco, tanta força de vontade e disciplina. Mas assim, fica a pergunta - ao menos para mim - qual o sentido de ter ido até lá? Provar que podia? Ok, provou, e depois? Ah, não era só isso, era para dar um tapa na cara da sociedade, então. [SPOILER ALERT ON] Bem, digamos que morrer sozinho de fome e sede e frio, num lugar isolado, para ter seu corpo encontrado duas semanas depois da sua morte não é a maneira mais adequada de chocar a sociedade ou chamar a atenção para algum problema existencial-filosófico. Mas, se não fosse isso, se ele tivesse mesmo voltado e encontrado os pais, e ter feito algo com essa sua experiência, sua aventura, de repente a mensagem poderia ser mais abrangente. Talvez não tão forte e impactante quando sua morte, mas ainda assim, ao menos para mim, seria mais cheia de sentido.[SPOILER ALERT OFF]
De qualquer forma, assistam. É bonito e tem algumas mensagens importantes.
Flavoured:
beleza,
filme,
questionamentos,
SDB(social-dysfuntional-behavior)
Because I heard the call.
(From this week's PostSecret)
Because I not only feel as a freak, I know for a fact I am one. And I feel much closer to people who show some of their weirdness to the world, instead of hiding them behind a "look-how-perfect-I-am-and-how-good-I-fit-in" mask.
I am here. Weird, strange, bizarre, and proud of all of them, because they are the puzzle pieces that complete me.
(I should get a t-shirt, saying "I'm weird and loving it" on it, or something close to it.)
Flavoured:
foto,
SDB(social-dysfuntional-behavior),
weird
março 13, 2008
Pode até parecer fútil
Mas ninguém sabe a complexidade de estar em mim, ninguém pode entender a minha aflição.
Minha câmera não está funcionando direito. Precisa de reparos, de cirurgia. Precisa ficar longe de mim e sofrer intervenções nas mãos de pessoas desconhecidas cujo envolvimento com ela e conhecimento da importância que ela tem pra mim são nulos.
Tenho medo.
Sempre que algum objeto meu eletro-eletrônico precisou passar por isso - consertos, troca de peças, qualquer intervenção cujo processo eu não compreendo - me pareceu sempre meio off, meio frankenstein, como se alma da coisa toda tivesse sido alterada.
Tenho medo.
O meu primeiro presente memorável foi uma vitrola portátil, laranja. Nela eu escutava meus disquinhos com os livrinhos pra acompanhar e afirmaria com certeza que foi assim que aprendi a ler, lá com uns três, quatro anos, se pudesse me lembrar (e, claro, se minha família não agisse como se eu já tivesse nascido lendo, eheheheh, e por isso não existe um "momento de aprender a ler", mas já tergiverso, pra variar, e não é sobre isso que quero escrever). Ela nunca estragou, e eu ainda a tenho, e apesar de não tê-la usado há muito, sei que pode vir a funcionar perfeitamente.
Já o meu segundo presente memorável, e que vem a se encaixar na narrativa que tento aqui construir, foi uma câmera fotográfica. Uma Kodak, nada muito fancy, era portátil e automática, e tinha flash e tinha algum zoom, nada de macros e efeitos e possibilidades de programar obturador e diafragma. Tinha treze anos e o mundo se coloriu. Qualquer dinheiro que eu tinha ia para filmes e revelações, e uma boa parte dos momentos memoráveis da minha tão-curta-and-yet-tão-intensa vida foram clicados com ela, adorável Kodak. Que estragou no meio da minha viagem para Portugal (com uma e outra coisa que também estragaram lá na viagem, seja por reflexão, seja por confrontamento, mas, de novo, não é o que cabe aqui no momento. Sigamos.) e, pelo mesmo medo que sinto neste momento, permaneceu estragada, permaneceu sem funcionar, mas ao menos permaneceu. Porque eu odiaria que ela fosse mandada para a assistência técnica e voltasse alterada, manipulada, e estou pensando agora em escrever profanada - e mesmo sabendo do total exagero da palavra - é isso que penso.
E agora isso. Agora mais isso. Listras aparecem em todas as imagens que tiro, e isso é horrível. Bem, em quase todas (na foto abaixo, da taça de champagne, vocês não repararam? Pois, tem listras ali...), porque dependendo do efeito que seleciono, as listras não aparecem, mas mesmo assim, não é pra aparecerem de jeito nenhum. A menos que eu queira.
Desde ontem, quando me deparei com as manchas horizontais e a distorção total das imagens que eu precisava, estou meio apreensiva. Muito apreensiva. Assistências técnicas me dão tanto medo quanto bueiros. Bem, talvez não tanto, as ruas estão super-populadas de bueiros, e eventualmente eu passo por um e outro, aqui e ali. E tenho bem menos momentos de confrontação com as A.T., mas acho que justamente por isso a impressão de que o estrago vai ser bem pior é mais forte.
Hoje fui à loja onde comprei a câmera, e onde contratei a garantia extendida. Na época não me pareceu tão importante, e não custava muito, e pensei, oh, what the heck! Não pode fazer mal. Pois bem. Depois de ligar para a assistência técnica, e conversar com a moça - super atenciosa e prestativa, que ouviu o problema, ouviu as minhas lamentações e trouxe o breve alívio da explicação - e ver que se fosse pagar do meu bolso poderia doer mais, estava achando uma ótima idéia a contratação desse seguro. Até chegar na loja e o gerente me explicar que eu devo ligar para um 0800 e esperar que eles entrem em contato, e ir na loja que eles me indicarem e aguardar o diagnóstico - chama parecer técnico, mas, pobre Camera, está doentinha! - e ver se eles aprovam. E daí, dependendo do custo, eles podem simplesmente me dar uma câmera nova. E o gerente me diz isso super contente, numa empolgação, como se dissesse "olha, se o teu passarinho não cantar, ou se ele morrer quando tu chegar em casa, volta aqui e a gente te dá um novo. Da mesma cor, tá, e vai parecer quase o mesmo!"
Hmpf. E se eu não quiser outro passarinho? E se eu não quiser um passarinho que cante mais ou que cante diferente. E se eu apenas quiser que o meu passarinho, que eu passei tanto tempo escolhendo e decidindo e creating a bond with it (porque, sim, se você que está aí e que chegou até aqui não percebeu ainda, o grau de loucura é altíssimo, e dizem que isso de personalizar objetos, dar nomes e se apegar como se fossem seres vivos é um dos mais fortes indícios de sérios transtornos mentais, mas, hei, se você ainda não notou é porque, de repente, ache normal, e se acha normal provavelmente é porque também tem essa atitude perante seu carro, seu travesseiro, seu celular - o objeto de sua preferência! - e se você tem um nome para sua escova de cabelo, ou suas bolsas, bem, entre, sinta-se à vontade, é realmente incrível que as pessoas se encontrem por suas similaridades nesse mundo tão gigante.), será que eu não posso simplesmente ter o meu passarinho de volta? Que eu já conheço, com o qual já estou acostumada, de quem já conheço os botões e os atalhos e já entendo o funcionamento? E se for pra me dar um novo, será que eu ao meos tenho o direito de escolhê-lo?
Tenho medo.
Minha câmera não está funcionando direito. Precisa de reparos, de cirurgia. Precisa ficar longe de mim e sofrer intervenções nas mãos de pessoas desconhecidas cujo envolvimento com ela e conhecimento da importância que ela tem pra mim são nulos.
Tenho medo.
Sempre que algum objeto meu eletro-eletrônico precisou passar por isso - consertos, troca de peças, qualquer intervenção cujo processo eu não compreendo - me pareceu sempre meio off, meio frankenstein, como se alma da coisa toda tivesse sido alterada.
Tenho medo.
O meu primeiro presente memorável foi uma vitrola portátil, laranja. Nela eu escutava meus disquinhos com os livrinhos pra acompanhar e afirmaria com certeza que foi assim que aprendi a ler, lá com uns três, quatro anos, se pudesse me lembrar (e, claro, se minha família não agisse como se eu já tivesse nascido lendo, eheheheh, e por isso não existe um "momento de aprender a ler", mas já tergiverso, pra variar, e não é sobre isso que quero escrever). Ela nunca estragou, e eu ainda a tenho, e apesar de não tê-la usado há muito, sei que pode vir a funcionar perfeitamente.
Já o meu segundo presente memorável, e que vem a se encaixar na narrativa que tento aqui construir, foi uma câmera fotográfica. Uma Kodak, nada muito fancy, era portátil e automática, e tinha flash e tinha algum zoom, nada de macros e efeitos e possibilidades de programar obturador e diafragma. Tinha treze anos e o mundo se coloriu. Qualquer dinheiro que eu tinha ia para filmes e revelações, e uma boa parte dos momentos memoráveis da minha tão-curta-and-yet-tão-intensa vida foram clicados com ela, adorável Kodak. Que estragou no meio da minha viagem para Portugal (com uma e outra coisa que também estragaram lá na viagem, seja por reflexão, seja por confrontamento, mas, de novo, não é o que cabe aqui no momento. Sigamos.) e, pelo mesmo medo que sinto neste momento, permaneceu estragada, permaneceu sem funcionar, mas ao menos permaneceu. Porque eu odiaria que ela fosse mandada para a assistência técnica e voltasse alterada, manipulada, e estou pensando agora em escrever profanada - e mesmo sabendo do total exagero da palavra - é isso que penso.
E agora isso. Agora mais isso. Listras aparecem em todas as imagens que tiro, e isso é horrível. Bem, em quase todas (na foto abaixo, da taça de champagne, vocês não repararam? Pois, tem listras ali...), porque dependendo do efeito que seleciono, as listras não aparecem, mas mesmo assim, não é pra aparecerem de jeito nenhum. A menos que eu queira.
Desde ontem, quando me deparei com as manchas horizontais e a distorção total das imagens que eu precisava, estou meio apreensiva. Muito apreensiva. Assistências técnicas me dão tanto medo quanto bueiros. Bem, talvez não tanto, as ruas estão super-populadas de bueiros, e eventualmente eu passo por um e outro, aqui e ali. E tenho bem menos momentos de confrontação com as A.T., mas acho que justamente por isso a impressão de que o estrago vai ser bem pior é mais forte.
Hoje fui à loja onde comprei a câmera, e onde contratei a garantia extendida. Na época não me pareceu tão importante, e não custava muito, e pensei, oh, what the heck! Não pode fazer mal. Pois bem. Depois de ligar para a assistência técnica, e conversar com a moça - super atenciosa e prestativa, que ouviu o problema, ouviu as minhas lamentações e trouxe o breve alívio da explicação - e ver que se fosse pagar do meu bolso poderia doer mais, estava achando uma ótima idéia a contratação desse seguro. Até chegar na loja e o gerente me explicar que eu devo ligar para um 0800 e esperar que eles entrem em contato, e ir na loja que eles me indicarem e aguardar o diagnóstico - chama parecer técnico, mas, pobre Camera, está doentinha! - e ver se eles aprovam. E daí, dependendo do custo, eles podem simplesmente me dar uma câmera nova. E o gerente me diz isso super contente, numa empolgação, como se dissesse "olha, se o teu passarinho não cantar, ou se ele morrer quando tu chegar em casa, volta aqui e a gente te dá um novo. Da mesma cor, tá, e vai parecer quase o mesmo!"
Hmpf. E se eu não quiser outro passarinho? E se eu não quiser um passarinho que cante mais ou que cante diferente. E se eu apenas quiser que o meu passarinho, que eu passei tanto tempo escolhendo e decidindo e creating a bond with it (porque, sim, se você que está aí e que chegou até aqui não percebeu ainda, o grau de loucura é altíssimo, e dizem que isso de personalizar objetos, dar nomes e se apegar como se fossem seres vivos é um dos mais fortes indícios de sérios transtornos mentais, mas, hei, se você ainda não notou é porque, de repente, ache normal, e se acha normal provavelmente é porque também tem essa atitude perante seu carro, seu travesseiro, seu celular - o objeto de sua preferência! - e se você tem um nome para sua escova de cabelo, ou suas bolsas, bem, entre, sinta-se à vontade, é realmente incrível que as pessoas se encontrem por suas similaridades nesse mundo tão gigante.), será que eu não posso simplesmente ter o meu passarinho de volta? Que eu já conheço, com o qual já estou acostumada, de quem já conheço os botões e os atalhos e já entendo o funcionamento? E se for pra me dar um novo, será que eu ao meos tenho o direito de escolhê-lo?
Tenho medo.
I miss her already. E nem sei ao certo o que irá acontecer. Amanhã ligo pro 0800. Aguarde, vêm aí fortes emoções.
Flavoured:
being-weird,
foto,
medo,
SDB(social-dysfuntional-behavior)
março 12, 2008
março 09, 2008
Resumão
É como querer fazer caber a história toda da humanidade in a nutshell, eu sei, mas é uma tentativa de não me perder de mim mesma, acima de tudo, e uma maneira de sossegar essa ansiedade que me exije e me manda e me ordena escrever, mesmo que eu acabe não escrevendo o que eu deveria mesmo.
Sábado teve reinício das aulas da Oficina. Nunca é a mesma coisa, apesar da expectativa de ser cada vez melhor. É difícil considerar alguma coisa boa quando já se teve A turma, que foi tão boa que gerou O livro. Mas a vida muda feito as figuras de um caleidoscópio (imagem muito recorrente ultimamente, devo confessar) e nada do que foi será de novo como diz a música, e a onda que nos banha hoje não é amesma que nos banhará amanhã. Já nos explicou Heráclito, o rio nunca é o mesmo, e o resto é bla bla bla whiskas sachê. E imbuída de um sentimento maior de crescimento, tendo em vista o meu objetivo, relevo possíveis bumps on the road e sigo em frente.
Sexta feira foi um dia de recuperação. Era pra ter encontrado as Puffs na quinta, cheguei até a reservar mesa, marcar hora e tudo, mas não deu. O fator David-Lynch surgiu do nada já pela manhã e, incontrolável, foi bem mais forte do que eu podia agüentar, o que me proporcionou um dia inteiro de pesadelo, de querer me enrolar em mim mesma e ficar quietinha no escuro até o fim dos tempos, quando não houvesse mais dor, nem ao mesmo a possibilidade de dor, mas não foi possível. E o engraçado é o quão tricky pode ser esse fator, porque, por alguns momentos, achei que estivesse bem, e que meu estômago estava calmo e que a maelström* não voltaria tão cedo. Tsc tsc tsc, quão tolinha eu sou, até porque tinha esquecido que estava dentro de um pesadelo, e que tudo pode fugir ao meu controle. Pois bem, me vejo dentro de um táxi sacolejante, às cindo da tarde, sob um sol ainda de verão, cujo motorista só pode ser o único da cidade que não sabia como chegar ao Iguatemi, para chegar em casa e acalmar mais uma vez o estômago e depois desabar na cama.
Só fui acordar no dia seguinte, sexta feira, e ainda um tanto abalada. Várias teorias a respeito da minha condição e tudo se resume a hormônios, como sempre, e à vitamina B6. Muita coisa se explica com isso, e inclusive dá pra se divertir com algumas coisas, como este site, que explica que
numa tradução muito babel-fish-la-garantia-soy-jo, podem ter deficiência dessa vitamina.
Bastou tomar um comprimidinho, e o sol voltou a brilhar.
Terça é que foi um dia bom, tranqüilo no trabalho, saí cedinho e fui encontrar a minha dupla de criação no projeto da AJL (mais informação à medida que as coisas forem evoluindo, não posso contar nada agora, até porque não tem nada muito consistente para contar, mas assim que tiver, believe me, contarei.) que está ficando lindo. Com direito a música ao vivo em show exclusivo.
E na ordem maluca que inventei para lembrar dos meus dias, voltamos a ontem, sábado, que começou cedo, começou quente e iluminado e me proporcionou vários momentos de reflexão (que não cabe começar a esmiuçar aqui correndo o risco de não acabar nunca mais, uma vez que um novelo de lã das idéias puxa o outro e a minha condição assumidamente obsessiva-compulsiva não me permitiria parar até que todos os novelos de lã do mundo tivessem sido desenrolados e tricotados em histórias, na História maior, na qual me enredo também) e me trouxe bem cansada a este domingo, depois de uma comemoração de aniversário no bar mais legal do mundo, em que fiquei conversando com a minha ermã, que é a mais legal de todas e que, assim como eu - considerando tudo o que vivemos e lidamos since birth so far -, é a evolução da espécie.
Aí estou aqui, neste calor absurdo de fim de verão, numa cama deliciosamente bagunçada, com my bits and pieces espalhados, pensando em todas as coisas do porvir da semana que vem, das fotos para o SPC que ainda não tirei, tentando resumir tudo tudo tudo e encontrar um sentido maior em cada pequeno evento, na relação de causa-efeito de todos esses eventos e mais, e ainda na necessidade de me organizar para sentar e escrever e transformar em história escrita esses novelos imaginários, esses planetas e mundos criados que orbitam dentro da minha cabeça que pedem gritam choram exijem vir à tona.
E acho que não fiz um bom trabalho, em resumir e fazer as coisas fazerem sentido, mas não faz mal. O que importa é que essa minha válvula de escape é também meu atalho, meu desvio, minha forma de escrever sem escrever mas ainda assim escrevendo.
Até porque, sendo laranja, sou também aranha, e me é impossível não tecer minha teia, de um jeito ou de outro.
* um outro maelström, esse sim, valendo a pena de ser visto. Lírico, absurdo, estranho e lindo. Como a vida.
Sábado teve reinício das aulas da Oficina. Nunca é a mesma coisa, apesar da expectativa de ser cada vez melhor. É difícil considerar alguma coisa boa quando já se teve A turma, que foi tão boa que gerou O livro. Mas a vida muda feito as figuras de um caleidoscópio (imagem muito recorrente ultimamente, devo confessar) e nada do que foi será de novo como diz a música, e a onda que nos banha hoje não é amesma que nos banhará amanhã. Já nos explicou Heráclito, o rio nunca é o mesmo, e o resto é bla bla bla whiskas sachê. E imbuída de um sentimento maior de crescimento, tendo em vista o meu objetivo, relevo possíveis bumps on the road e sigo em frente.
Sexta feira foi um dia de recuperação. Era pra ter encontrado as Puffs na quinta, cheguei até a reservar mesa, marcar hora e tudo, mas não deu. O fator David-Lynch surgiu do nada já pela manhã e, incontrolável, foi bem mais forte do que eu podia agüentar, o que me proporcionou um dia inteiro de pesadelo, de querer me enrolar em mim mesma e ficar quietinha no escuro até o fim dos tempos, quando não houvesse mais dor, nem ao mesmo a possibilidade de dor, mas não foi possível. E o engraçado é o quão tricky pode ser esse fator, porque, por alguns momentos, achei que estivesse bem, e que meu estômago estava calmo e que a maelström* não voltaria tão cedo. Tsc tsc tsc, quão tolinha eu sou, até porque tinha esquecido que estava dentro de um pesadelo, e que tudo pode fugir ao meu controle. Pois bem, me vejo dentro de um táxi sacolejante, às cindo da tarde, sob um sol ainda de verão, cujo motorista só pode ser o único da cidade que não sabia como chegar ao Iguatemi, para chegar em casa e acalmar mais uma vez o estômago e depois desabar na cama.
Só fui acordar no dia seguinte, sexta feira, e ainda um tanto abalada. Várias teorias a respeito da minha condição e tudo se resume a hormônios, como sempre, e à vitamina B6. Muita coisa se explica com isso, e inclusive dá pra se divertir com algumas coisas, como este site, que explica que
especialmente mulheres que fazem exame de pills do nascimento-controle ou de
outros formulários dos estrogens,
numa tradução muito babel-fish-la-garantia-soy-jo, podem ter deficiência dessa vitamina.
Bastou tomar um comprimidinho, e o sol voltou a brilhar.
Terça é que foi um dia bom, tranqüilo no trabalho, saí cedinho e fui encontrar a minha dupla de criação no projeto da AJL (mais informação à medida que as coisas forem evoluindo, não posso contar nada agora, até porque não tem nada muito consistente para contar, mas assim que tiver, believe me, contarei.) que está ficando lindo. Com direito a música ao vivo em show exclusivo.
E na ordem maluca que inventei para lembrar dos meus dias, voltamos a ontem, sábado, que começou cedo, começou quente e iluminado e me proporcionou vários momentos de reflexão (que não cabe começar a esmiuçar aqui correndo o risco de não acabar nunca mais, uma vez que um novelo de lã das idéias puxa o outro e a minha condição assumidamente obsessiva-compulsiva não me permitiria parar até que todos os novelos de lã do mundo tivessem sido desenrolados e tricotados em histórias, na História maior, na qual me enredo também) e me trouxe bem cansada a este domingo, depois de uma comemoração de aniversário no bar mais legal do mundo, em que fiquei conversando com a minha ermã, que é a mais legal de todas e que, assim como eu - considerando tudo o que vivemos e lidamos since birth so far -, é a evolução da espécie.
Aí estou aqui, neste calor absurdo de fim de verão, numa cama deliciosamente bagunçada, com my bits and pieces espalhados, pensando em todas as coisas do porvir da semana que vem, das fotos para o SPC que ainda não tirei, tentando resumir tudo tudo tudo e encontrar um sentido maior em cada pequeno evento, na relação de causa-efeito de todos esses eventos e mais, e ainda na necessidade de me organizar para sentar e escrever e transformar em história escrita esses novelos imaginários, esses planetas e mundos criados que orbitam dentro da minha cabeça que pedem gritam choram exijem vir à tona.
E acho que não fiz um bom trabalho, em resumir e fazer as coisas fazerem sentido, mas não faz mal. O que importa é que essa minha válvula de escape é também meu atalho, meu desvio, minha forma de escrever sem escrever mas ainda assim escrevendo.
Até porque, sendo laranja, sou também aranha, e me é impossível não tecer minha teia, de um jeito ou de outro.
* um outro maelström, esse sim, valendo a pena de ser visto. Lírico, absurdo, estranho e lindo. Como a vida.
Flavoured:
aforismo,
diarices,
me+myself+I,
metáforas,
SDB(social-dysfuntional-behavior),
turbilhão
março 05, 2008
Vale sarcasmo?
Às vezes eu penso que a minha vida é muito muito boa. Às vezes eu penso que se as coisas melhorarem só um pouquinho, estragam.
Sometimes I can eat my cake and eat it too.
Às vezes eu penso que é até melhor não falar muito o quanto a minha vida é boa. Diz a cigana que tem "mau olhado". Mas eu não acredito, porque isso a minha religião não permite.
Às vezes eu tenho certeza de que o sarcasmo é o que nos define como humanos e o que nos salva de sermos desumanos uns com os outros.
(Ufa! Pronto, passou.)
Sometimes I can eat my cake and eat it too.
Às vezes eu penso que é até melhor não falar muito o quanto a minha vida é boa. Diz a cigana que tem "mau olhado". Mas eu não acredito, porque isso a minha religião não permite.
Às vezes eu tenho certeza de que o sarcasmo é o que nos define como humanos e o que nos salva de sermos desumanos uns com os outros.
(Ufa! Pronto, passou.)
Flavoured:
sarcasmo,
SDB(social-dysfuntional-behavior),
sociedade
março 03, 2008
Sometimes I feel...
Sometimes I feel kinda blurry, and lost, and distant.
Sometimes I feel like I'm fading out.
And sometimes, in those moments, I'm able to reach inside and find the lens and set the focus once again. And then I'm able to see myself again. And then I feel like me again.
And after those times I know I learned something (but only sometimes, most of the times). A few times, I'm able to make something beautiful out of the blurryness and confusion.
I hope this is one of those few.
Sometimes I feel like I'm fading out.
And sometimes, in those moments, I'm able to reach inside and find the lens and set the focus once again. And then I'm able to see myself again. And then I feel like me again.
And after those times I know I learned something (but only sometimes, most of the times). A few times, I'm able to make something beautiful out of the blurryness and confusion.
I hope this is one of those few.
Flavoured:
blur,
Englishwritten,
foto,
me+myself+I,
questionamentos,
SDB(social-dysfuntional-behavior),
solilóquio