setembro 30, 2007

Ufa!

Começo agora a assentar a poeira do lançamento. Aliás, d'O Lançamento. A fila de autógrafos estava na rua. E ficou na rua até umas nove e pouco da noite, enquanto as pessoas ainda chegavam.

(Sim, haverá fotos. Assim que chegarem em mim eu publico. Não, eu não estava tirando fotos. Contratamos um fotógrafo. Aliás, uma fotógrafa. Fofa, querida e, ao que me parece, no clima da coisa toda.)

Como pode-se imaginar, não consegui dar atenção a ninguém, mas conversei com todo mundo, ao menos alguns segundos.

Sim, deu pra cansar o braço (já cansado de carregar as caixas com os livros até o taxi. Afinal, ser escritor sem mecenas é isto, é também carregar as próprias caixas até o lançamento.) de tanto dar autógrafo. Sim, deu pra ficar alegrinha do vinho que, ainda bem, só começou a fluir com mais frequência depois de uma certa hora. Sim, deu pra cansar, deu pra chorar, deu pra sorrir.

Algumas pessoas que eu achava que iriam não foram. Tudo bem, eu entendo, não se preocupem
que o livro de vocês está guardadinho. Algumas pessoas que eu nem pensava que iria encontrar, foram. E me deixaram contentes, obrigada. E àquelas que me disseram que iriam e foram, muito obrigada! Vocês me deixaram muito felizes!

E no fim faltaram fotos a serem tiradas, e faltaram palavras a serem ditas, e faltaram frases a serem escritas, mas isso é assim mesmo. Nunca é perfeito como a gente imagina. Mas é sempre, sempre bom!

setembro 25, 2007

Da série: Filosofias na porta do banheiro

Estava escrito, lá, ontem.

Cada um tem o Hawaii que merece.

Eu li.


(Até agora ainda não vi pra que lado fica o mar...)

In vino veritas

A melhor parte de tomar vinho é sair falando mais que a boca.

A melhor parte de sair falando mais que a boca é ter as pessoas certas à volta para escutar.

A melhor parte de se ter as pessoas certas à volta é justamente falar mais que a boca e ouvir mais que os ouvidos. E chorar mais que os olhos podem. E rir bem mais do que a barriga aguenta sem doer.

Mas a melhor, a mais mais mais, acima de tudo, super-ultra-mega melhor parte, é ter abraços pra resolver tudo, e calar as lágrimas e as palavras, e seguir sorrindo.

: )

setembro 21, 2007

SelfPortrait Challenge: Bathrooms!

I was feeling somewhat guilty because the month's almoust finished and I still have not taken my own picture. Since today was my turn to choose and write, I got a little inspired by all the nice photos people sent to SPC, and decided to take mine.

Those were not the pictures I intended to take for this month's theme. I enjoy bathrooms so much I thought about really working them out and taking great ones to post, but the whole thing about the book - which just got out of the print!! - got me envolved to the last spare minute I had.

When I commited to the project, I knew this might happened, not having time or not having the ideal photo. I also knew that I would whatever I could to participate the best way I could (forgeting the eventual typos and mistakes) focusing on doing it, the photo, the writing, the choosing pictures, the getting to know a lot of people part.

So I took some.









And that reminded of the fun I have everytime I get my camera and start shooting.






(In this picture you can see, down the floor, at least three types of shampoo and conditioner, which I tend to buy compulsivly, based on the package, the smell, the color and the possible miracle they might do to my hair!)



And then I had to show of my bathroom ladybugs, just had to! They are kinda-ugly-but-also-so-cute ladybugs, and the hold my soap, and my toothbrush, and other stuff. And they just stand there, glazing and smiling at me everytime I go tho my bathroom, and that is so sweet and cheerful, (ok, and also corky!) that I had to share with you.

(besides loving bathrooms, and all the secrets they hide for their owners, I also have a thing for ladybugs. I have a wide collection of ladybug-related objects, from notebooks to socks. I promise to show you one of these days.)

Aren't they cute? They keep me company while I'm brushing my teeth!

Cheiro II


Meu quarto está cheirando a livro.


Tudo por causa dos primeiros que chegaram ontem e estou enviando para a imprensa.


(ele não é lindo?)

setembro 19, 2007

Cheiro

Esqueci de falar do mais bonito. O Livro recém saído do forno, com cheiro de papel recém impresso e cortado e colado. Delicioso feito pão quente, o cheiro. Bonito feito afresco italiano, o livro. Macio, agradável de ter nas mãos.

Convidativo aos olhos. Instigante ao pensamento.

Lindo, lindo!

Ainda não tirei foto, sabe, o post anterior explica um pouco. Nada que não se resolva amanhã! Amanhã prometo ter várias fotos. E colocá-las aqui.

Descuido

Ando descuidada de mim. Ando desleixada, despreocupada, eu diria. Distraída de certos detalhes, que eu prezava tanto em outros tempo.

Ando sem tempo, na verdade. Agora mesmo, por exemplo, acabei de pintar as unhas. Acordei cedo, tomei banho, respondi emails, cobrei algumas respostas, depois fui ser pessoa-séria-que-trabalha-com-carteira-assinada por algumas horas - sem desgrudar, é claro, do computador, e das caixas de email esperando as respostas que preciso. Aí tive que lidar com uma falta de luz por horas. Aí brinquei de assessora de imprensa. Aí, quando a luz voltou, voltei a ser a pessoa-séria que ajuda os descuidados a cuidar de sua vida. E quando se achava que o dia já tinha encerrado, que nada, fui até a gráfica para buscar O Livro. O Um Livro. O #1 mesmo, ainda quente do forno. Tudo isso com o telefone na mão, entre guarda-chuvas, materiais, sacolas, agenda. E, quando cheguei em casa, ainda tive mais atividades relacionadas ao livro, como separar o material de todos para a divulgação, preencher alguns postais para mandar amanhã, escrever alguns emails, brincar de assessora de imprensa mais um pouco.

Só agora deu tempo de arrumar minhas unhas. Alguns breves minutos para lixa, base e esmalte. E nada de esperar secar, que foi pra isso que inventaram o super-spray secante. Minha tia diz que já estou viciada, mas o negócio funciona, sabe, e eu amo quando as coisas funcionam. Como agora, que meu som está de novo funcionando, depois de um pequeno surto de mudez. Como agora, que meu computador resolveu colaborar.

Ainda tenho que tirar a minha foto de bathroom para o SelfPortraitChallenge. Ainda tenho que ir atrás de um carimbo de números. E plásticos. E imprimir o release para ir junto com o livro. Ah, sim, claro, pra isso tem que buscar o livro. Pra isso ele precisa estar colado, e nisso a gráfica não está funcionando muito bem...

E ainda tive tempo de arrumar minha mesa, me livrar de uns papéis e coisas desnecessárias e fazer algumas ligações para convidar as pessoas para o lançamento.

Tudo isso sem parar. Tudo isso sem tempo pra respirar, para pensar em mim, para esticar as costas feito gato para relaxar os músculos e estar pronta pra mais atividades. Tudo isso sem conseguir calmamente me olhar no espelho e dar um jeito no cabelo, preso desajeitadamente com elásticos, dois micro rabos-de-cavalo, meus finos fios espetados pra todos os lados, a franja caindo nos olhos.

Tudo isso contente. Realizada. Cansada sim, bagunçada e muito. Mas contente. Descuidada de mim mas de olho no futuro. Desatenta de mim mas bem perto do que me faz bem.

E não, não estou reclamando. É disso que eu gosto, estar no olho do furacão. Ontem mesmo estava escrevendo na agenda que era o momento de calma antes do próximo passo, o momento de calmaria antes da próxima tempestade. O segundo para respirar entre uma braçada e outra e mais uma volta na piscina (inevitáveis os comparativos esportivos meio clichês).

Posso até ser maratonista, de agüentar a jornada e ainda sorrir ao cruzar a reta final, mas às vezes é bom correr os 100 metros, só pra não perder o hábito da velocidade, só pra saber que ainda posso. Mesmo chegando descabelada e com olheiras do lado de lá da reta final.

setembro 12, 2007

Spreading beauty

Today, my friend and co-worker in the making-an-idea-into-a-book-project went to a book opening (could someone kindly correct me if I'm wrong?) in a mega-book store, here in Porto Alegre, and we started to open the books for sale, randomly, and put one of the special postcards we create to promote our book.


I think we put almoust 30 post cards in different books. I don't know if the people who work there is going to take them off later, but, if we get that at least one person buys one of those books, and take a good look at the postcard, and get curious about it, and, by getting curious, go to our webpage, then I'll be happy about it.



(Preview of all postcards made exclusively to promote the book.)

PS.: Vanessa, if you're still reading me, I'm sorry I couldn't answer you before. Everytime I try, my computer goes crazy and shuts off. Yeah, I thought it was very "vanguard" of both of us to choose this month's theme last month!

PSS.: I still have some postcards to send by mail. If anyone wants to receive one, please send your address, with zipcode and all, to inventarioliterario@gmail.com I'll make sure it gets to you.

setembro 08, 2007

So tiring!

I never thought that writing and getting published a book could be so tiring. So exhausting. But, at the same time, so much fun.

It's great to have in my hands the work of months and months materialized in printed paper and colorful cover. Yep, I got the print to check the cover and the texts for the last time before all thousand issues get printed.

So, I just spent my afternoon writing down the addresses of journalists and book critics in the postcards to send. About a hundred of them. It's been a while since I last used so much handwriting in one time... I'm not used to it anymore! The good part is that I get to use my collection of staedtler pens (all 20!!!) to write.

Almoust there!

PS: For those few englishspeaking readers out there, I promise to write more, or, at least, translate more!

setembro 06, 2007

Quase-normal

A pessoa que vejo no espelho não sou eu.

Parece bastante comigo, mas os olhos são mais cansados, as olheiras, mais profundas. Que eu me lembre, sempre tinha lá um lampejo de porvir animado espreitando, esperando realizar-se em muito glitter e cores. Esse ser aí na frente, olhando bem, tem o rosto como o meu, arredondadinho, meio torto, mas a pele está sem brilho, como se faltasse sol do lado de lá do espelho. E os cabelos? Sério, eu não saio de casa com os cabelos desgrenhados e bagunçados desse jeito, nem pensar! Sem falar no cansaço gritante, no desgaste visível, como se no visor - se houvesse um visor - a pilhazinha no canto direito mostrasse apenas meio tracinho, os últimos minutos de atividade antes de entrar em colapso, esgotamento absoluto das forças, desligamento do sistema.

Mas a pessoa que vejo no espelho sou eu. Estranha, irreconhecível, com cara de quem deve horas de ligações e emails e encontros e conversas - com assuntos outros que o livro, a prova do livro, a revisão do livro, o blablabla todo do livro - aos amigos, com cara de quem anda deixando pra fazer tudo na hora da ginástica (que compreende o período da meia-noite às seis da manhã, porque todos os outros períodos do dia, afinal, já estão tomados, e é um período de tempo precioso demais pra se gastar meramente dormindo), só que sem o pique dos tempos de monografia, com jeito de quem já correu os trinta quilômetros iniciais e começa a duvidar de si mesma sobre completar ou não a prova até a linha de chegada.

Sem falar de trabalho, de trajetos, de todas as outras coisas que acontecem ao longo do dia e atrapalham a realização daquilo que realmente importa, como aproveitar um dia de sol e passear no parque, sandália, vestido, sorvete, um livro preguiçosamente lido sob uma sombra, um piquenique, uma mesa na rua pra ver o movimento enquanto o café não chega.

Pelo visto, essa pessoa aí no espelho - me medindo, me olhando fundo nos olhos, notando meu cabelo que precisa urgentemente de um corte, que se parece muito comigo - não tem tido muito tempo pra essas coisas boas, tem se ocupado demais com problemas, com pensamentos, com planos que estão meio longe de se realizarem. E ela parece tanto comigo, mas não pode ser eu. Eu não me deixaria chegar a esse estado. De dormir pouco, de comer mal, de correr pra lá e pra cá por causa dos horários. Esse estado em que as pessoas ficam doentes, ou então casam, ou então têm filhos, ou então lançam suas obras de arte, e eu não sei, não fui, não vi, não estava lá porque não procurei, não mandei mensagem, não me interessei em saber.

Péssimo. Triste.

Pisco um olho. Infelizmente a imagem "quasímoda" também.

É, acho que sou eu. E acho bom eu ir dormir, e descansar, e botar uma cara na cor antes de sair de casa de novo.