junho 21, 2008

Nude and self-portrait

I finished my post for Self-PortraitChallenge, and I've been feeling bad, because I was not participating, because I feel like I don't have time, because I've been feeling not-so-good-looking, to appear in a nude photo.



So I went up through my old pictures, and I found some that I enjoyed.



And if it is ok with everyone, I'll post an old nude photo, to perhaps inspire me to get at least one new one to post for the last week of this interesting challenge.









To see some great looking images of nude, check SPC this month.

junho 12, 2008

Resenha


Leila e eu fomos ver.


Adorei. A fotografia é belíssima, o roteiro é bem construído, os atores estão ótimos, sem aquele ranço teatralesco que geralmente aparece nos filmes feitos com atores daqui. A direção foi impecável, em todas as escolhas, de locação, de atores, de não usar de artifícios para criar a emoção.


Recomendo. Muito.


Apenas um porém: o som. Não consigo entender o porquê dos filmes brasileiros ainda terem uma péssima qualidade de som. Se alguém puder me explicar, eu agradeço.


Agora uma confissão: não li o livro. Ganhei de presente do autor (momento exibida: meu professor, Charles Kiefer, cuja dedicatória diz apenas "com carinho", ou alguma coisa singela dessas) mas fiz questão de não lê-lo. Não por não acreditar na qualidade da obra, bem pelo contrário.


É que logo no primeiro semestre da Oficina ganhei dele o Escorpião da Sexta-Feira (também com uma dedicatória "um beijo" ou algo assim), que comecei logo, porque pensei cá comigo, ok, se ele se propõe a ensinar alguém a escrever bem, vamos ver se sabe mesmo e aplica isso nos seus livros. Não digo que mordi a língua ou algo do gênero porque o pensamento passou e foi embora logo. O livro é ótimo. É tão bom que eu fiquei com um certo nojo, um grande receio da figura do CK.

Ok, ok, é um pecado mortal e imperdoável confundir o autor com o narrador ou o personagem, mas o transtorno é grande e o efeito foi arrasador. O efeito do livro em mim, quero dizer. A impressão que ficou foi algo disgusting. E lá pelo sexto mês de Oficina é que me dei conta de que qualidade é isso, e, bah!, sabe. Mas aí aconteceu de, para evitar maiores problemas - porque afinal o transtorno é mais em mim e o grau de influenciabilidade (se é que isso existe e é registrado pelo Houaiss) é grande - eu ter prometido a mim mesma de não ler mais nenhuma obra, com exceção às teóricas, do CK enquanto estivesse na condição de sua aluna. (Ok, ele não sabe disso. Não sabia, até o momento. CK, I'm sorry, é verdade. Mas é pro bem do meu aprendizado.)

O fato é que o filme - o Valsa para Bruno Stein - é bom. É muito bom. Certamente o livro deve ser ótimo. Lerei, algum dia. Não por enquanto.

É preciso coragem



É preciso coragem para ser feliz, diz o personagem do filme. Ele tem razão.


Metade do tempo passamos planejando coisas e a outra metade tentando lidar com as granadas de inesperado que a vida nos joga no colo, para que não nos estourem na cara.




E nem nos damos conta de que ser feliz é uma escolha, assim como vestir azul ou pentear o cabelo para o lado ou usar saias. E estamos tão acostumados com essas distrações - planejamentos e granadas - que não sabemos muito o que fazer quando a felicidade nos escolhe. Não somos ensinados para a felicidade.




O meu professor diz que felicidade não vende livro, não gera obra prima. No jornalismo se aprende que if it bleads, it leads. E que as tragédias e dores da humanidade são mais noticiáveis do que as felicidades e alegrias.




Verdade atestada pelas capas de Caras e Bocas e Quems e Ninguéns por aí. Casais felizes dificilmente aparecem na capa.




Talvez seja uma falha na programação do ser humano, que só liga a compaixão e empatia mediante o sofrimento alheio (ou a possibilidade de que o sofrimento do outro ser humano seja maior que o seu próprio, fazendo com que a dor alheia seja um mero mecanismo de bem-estar, um feel-good versão fast-food), talvez seja puro egoísmo, talvez seja uma torpeza curiosa, sordidez incrustrada e desenvolvida ao longo dos séculos e séculos de existência humana no planeta. Talvez seja pura maldade mesmo.




O fato é que ser feliz requer decisão, requer escolha, exije disposição.
E é tão simples!

(a fraternidade é vermelha, a igualdade é branca e a felicidade é azul)

junho 11, 2008

A Lua







O céu clareou.

O frio - delicioso!! - chegou com força, vento e jeito de quem fica por mais tempo.

A lua se exibiu hoje no meu pátio, enquanto o cheiro de pão sendo assado aquecia a casa escada acima.


(A lua, exibida)




(Eu, olhando para dentro da máquina que faz o pão crescer)



Tão diferente de ontem, e no entanto tudo um pouquinho igual.


As pessoas acham que entendem, só porque passam aqui e me vêem pelas fotos e lêem as bobagens que eu escrevo. Mas, olha, there's so much more underneath going on que eu nem teria por onde começar.


Quer dizer, nem quero. Não é pra isso que vim, ao menos não hoje.



(Hey, mind your own life. That is, if you have one.)


A minha vida é divertida, like a ride in an amusement park, it used to be a very vertical roller-coaster, but now is just about fun. Mas eu guardo a diversão apenas para quem tem ingresso, e não é todo mundo que pode pagar o preço.




(E você, acha que pode?)

(Foto publicada também aqui.)

junho 07, 2008

O mundo e as mudanças

As coisas estão mudando rápido, just like I knew they would.

As mudanças estão acontecendo conforme o planejado.

E mesmo o não-planejado, o imprevisível, é tão pequeno que já não importa mais.

A certeza vem da firmeza de saber o que eu quero. De agora saber o que eu quero e, por causa disso entender o que tem que ser feito.

E é bonito perceber que o esforço é mínimo, apenas porque é o caminho inevitável.

***

Eu tenho algumas boas notícias para dar.

Mas não ainda. Não por enquanto.

***

Acho que a partir da semana que vem o turbilhão diminui a rotação e ficará mais fácil de contar um pouco mais, ser menos hermética, ser mais confessional.

***

Sempre soube que, quando desejo, basta eu pedir.

É claro que sempre existe o pensamento lateral que me diz para ter cuidado com o que eu desejo, porque posso ter esse desejo atendido.

Mas me alegra que não é tanto desejo mas também certeza, e que o pedido e a realização é apenas o rumo único a ser seguido.

junho 03, 2008

As buscas mais estranhas

Na expectativa de coisas grandiosas para acontecer (ou, na pausa antes do furacão, ou ainda, na falta total de assunto para o momento), comecei a olhar as buscas no google que levam, ou melhor, que trazem as pessoas a este modesto blog.

Vejamos. A mais óbvia:

- Significado de overcome. Sim, é o título. Se uma busca por essa palavra não trouxesse pra cá, começaria a duvidar da real eficácia do Google.

Não tão óbvia mas relacionada:

- Every new beginning comes from some other beginning's end. Bem, considerando que é uma letra de música, e que não é muito mainstream, e que das páginas em português não deve mesmo haver muitas que falam sobre essa música, ok, é até compreensível. Espero que as pessoas tenham encontrado o que procuravam. (se a busca era para tradução, tenho que pedir desculpas. Não tenho o costume de traduzir. Muito menos de me auto-traduzir. É esquisito dizer, mas ou as coisas, na minha cabeça, eu quero dizer, são pensadas ou em inglês ou em português, e o fato de estar em uma língua não significa que passará para a outra. Ao menos não por mim.)

Temos ainda uma busca "serviço de utilidade pública":

- Qual o melhor remédio sobre rouquidão. Apesar dos diversos posts no tema sem-voz e da minha semana afônica, não me lembro de ter comentado como melhorei. Nem sei se houve algum método que tenha especificamente ajudado. Descansar as cordas vocais, proteger do frio, comer maçã e tomar os remédios que o médico indica são sempre as melhores dicas.

Aí começamos com as buscas esquisitas:

- IMDB confirma. De novo sinto em desapontar as pessoas que chegam até aqui, mas não saberia começar a explicar como baixar um filme. Isso é tarefa do boyfriend. Ele já tentou me explicar algumas vezes, mas isso cai na categoria "bolinha roxa" para minha atenção. (Eheheheheh, a Tavs vai entender! De repente eu até explico mais tarde, se der tempo)

- Versos para desejar feliz aniversário. Ok, eu falo bastante de aniversários (eu adoro aniversários!) mas não conheço, até o momento, nenhum verso para desejar feliz aniversário diferente do clássico cantado entre brigadeiros e cachorros-quentes. Ehehehehehehe

- Como paralizar uma pessoa com os dedos. Será que é possível? Será que a resposta realmente está descrita neste blog? Será que eu sei como paralizar uma pessoa com os dedos? Parece uma coisa meio poderes do Heroes, sabe. Uns voam, outros lêem pensamento, eu paralizo as pessoas com os dedos. Uau. I'm impressed!

(O que será que trará as pessoas até aqui na semana que vem? Aguarde próximos momentos de baixa inspiração.)

Just hanging

Esta era a foto que eu colocaria hoje (ontem) no Imagempordia, porque traduz mais ou menos o sentimento mais forte. Mas aí, com as mãos cheias de remédio, vi que era bem mais significativo. Ainda mais para quem me conhece.

A foto estava boa, e válida, para marcar o dia, então resolvi postar aqui mesmo.

A bagunça do meu armário continua lá, como dá pra ver. Ainda bem que ao menos o restante do bagunçado quarto não parece na foto.

junho 02, 2008

Nem sei mais...

Este é o título de um email* que recebi há pouco.

Nem sei mais se tu quer continuar a ser minha amiga, é a frase completa. Que me partiu o coração.

Faz tanto tempo que não falo contigo, e não apareço, e não mando emails, continua. E até aqui são frases que eu poderia ter escrito para ela, se ela não tivesse deixado de lado o blablabla da vida do dia-a-dia e optasse por investir alguns minutos nas coisas que importam - como as pessoas de quem sentimos muita falta, como eu dela - antes.

Como vc está, ela pergunta. E eu não saberia por onde começar. São tantas coisas, mudanças e planos e acontecimentos, todos ao mesmo tempo, todos até pequenos, mas que me parecem gigantescos na maior parte do tempo, e pesadíssimos, e cansativos de se lidar, porque ando numa fase muito à flor da pele, sabe - isso eu gostaria de responder, de preferência ao vivo - e isso me coloca magnifying lenses nos olhos e não me deixa olhar para a big picture na minha vida, e me faz enxergar essas coisas menores, o trabalho, os problemas, a suposta falta de tempo até, como tão gigantescas e pesadíssimas de se lidar, quando na verdade eu deveria estar focando meu tempo e energia em mandar emails pra ti, e combinar de te encontrar ao vivo, em vez de esperar.

Eu ando tão sumida e atarefada, ela diz. Eu sei, eu também. E gostaria de não estar tão sumida, mas, de minha parte - não sei se de repente é o que está acontecendo contigo também -, posso dizer (tenho que confessar e encarar, seria melhor dizer) que ando pensativa, introspectiva. Ando querendo ficar quieta. Não longe, mas isso é um pouco conseqüência, infelizmente. O fato é que certos acontecimentos me fizeram pensar, e esse pensar está me fazendo pesar todas as coisas na minha vida. Pesar o que me é importante, atribuir novos valores a tudo. Não, não significa deixar de lado as pessoas, porque pessoas, amigas como tu, não podem ter peso ou preço atribuído, porque são verdadeiros achados pela vida, e não têm valor. Mas é como numa viagem, algumas coisas se tornam desnecessárias e tornam o percurso lento, atrapalham, e precisam ser deixadas para trás. É só isso. Um verdadeiro momento-concha, só que em vez de estar cuidando de um grãozinho de areia para fazer dele pérola, estou jogando pra fora todos os grãozinhos que andei arrecadando e que não servem para fazer pérola, e que agora estão me ocupando o espaço.

O que eu quero dizer, e que é bem simples, é que também estou sumida e atarefada, e me sinto muito mal de estar sumida, porque existe a possibilidade de que vc acabe pensando que não me é mais importante, quando isso não é verdade.

Podemos tentar nos encontrar qualquer dia desses, ela pede. Nós devemos, eu digo. Não, eu exijo. Nós devemos nos encontrar, o quanto antes, porque devemos a nós mesmas preservar essa amizade, ainda mais nesse momento de tarefas e ocupações, e preocupações e aborrecimentos que nos tomam o tempo. Eu exijo, e qualquer horário que tu puder, eu estarei disponível. Prometo.

Muitas saudades de você e do seu sorriso, ela se despede. Muitas saudades da tua alegria, do teu bom humor, da tua companhia.

(O email me foi escrito por uma amiga linda e adorável, mas a resposta e a explicação do meu sumiço resolvi publicar porque também são para minhas outras tantas amigas, para que elas me entendam, e entendam o meu momento, e a minha quietude. A intenção de um encontro ao vivo, imediato, o mais rápido possível, também vai para todas. Ah, vocês estão aí? Estão lendo? Me entendem? Me desculpam? Me digam quando podem me encontrar, e eu estarei lá!)

A frase lá do início, em que ela diz que nem sabe mais se eu vou querer continuar sendo sua amiga, me partiu o coração, e a hipótese de que eu deixei ela pensar isso é um absurdo, é um horror. Eu jamais deixaria de ser amiga dela, porque eu a entendo. Entendo e respeito. Tanto o sumiço como o silêncio, qualquer que sejam os motivos. Porque, assim como eu espero que ela esteja lá quando a minha fase concha acabar, ainda estarei aqui quando as tarefas dela acabarem e ela reaparecer.

That's what friends are for, you know!

Então, dear, me avisa onde, que hora, quando. Estarei lá!



* Não usarei o nome dela, porque ela nem sabe que estou respondendo publicamente. Ainda.