junho 12, 2008

Resenha


Leila e eu fomos ver.


Adorei. A fotografia é belíssima, o roteiro é bem construído, os atores estão ótimos, sem aquele ranço teatralesco que geralmente aparece nos filmes feitos com atores daqui. A direção foi impecável, em todas as escolhas, de locação, de atores, de não usar de artifícios para criar a emoção.


Recomendo. Muito.


Apenas um porém: o som. Não consigo entender o porquê dos filmes brasileiros ainda terem uma péssima qualidade de som. Se alguém puder me explicar, eu agradeço.


Agora uma confissão: não li o livro. Ganhei de presente do autor (momento exibida: meu professor, Charles Kiefer, cuja dedicatória diz apenas "com carinho", ou alguma coisa singela dessas) mas fiz questão de não lê-lo. Não por não acreditar na qualidade da obra, bem pelo contrário.


É que logo no primeiro semestre da Oficina ganhei dele o Escorpião da Sexta-Feira (também com uma dedicatória "um beijo" ou algo assim), que comecei logo, porque pensei cá comigo, ok, se ele se propõe a ensinar alguém a escrever bem, vamos ver se sabe mesmo e aplica isso nos seus livros. Não digo que mordi a língua ou algo do gênero porque o pensamento passou e foi embora logo. O livro é ótimo. É tão bom que eu fiquei com um certo nojo, um grande receio da figura do CK.

Ok, ok, é um pecado mortal e imperdoável confundir o autor com o narrador ou o personagem, mas o transtorno é grande e o efeito foi arrasador. O efeito do livro em mim, quero dizer. A impressão que ficou foi algo disgusting. E lá pelo sexto mês de Oficina é que me dei conta de que qualidade é isso, e, bah!, sabe. Mas aí aconteceu de, para evitar maiores problemas - porque afinal o transtorno é mais em mim e o grau de influenciabilidade (se é que isso existe e é registrado pelo Houaiss) é grande - eu ter prometido a mim mesma de não ler mais nenhuma obra, com exceção às teóricas, do CK enquanto estivesse na condição de sua aluna. (Ok, ele não sabe disso. Não sabia, até o momento. CK, I'm sorry, é verdade. Mas é pro bem do meu aprendizado.)

O fato é que o filme - o Valsa para Bruno Stein - é bom. É muito bom. Certamente o livro deve ser ótimo. Lerei, algum dia. Não por enquanto.

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