abril 16, 2008

Terapia do silêncio

E não estou nem falando de não escrever aqui no blog. Estou falando de não falar mesmo. Não usar a voz e todas as conseqüências disso, como não ser compreendida ou nem considerada.

Desde quinta feira passada tenho sentido dores de garganta e febre e todas essas coisas flu-related, mas a voz sumiu mesmo no sábado.

Não, não gritei, não fui em jogo, não bebi nem nada. E no sábado à noite quando fui ao aniversário de um amigo, fiquei quietinha, com mantas e casacos, protegida do vento e do frio. Claro que segunda a coisa piorou, porque ir ao trabalho e não falar é meio impossível, e o fiapo de voz que ainda me restava se esgarçou. Ontem foi pior. E hoje, cansada da dor, da tosse e dos espirros, fui ao médico. Que, wisely, me recomendou repouso vocal, além de alguns remédios. O que, na prática, significa dois dias em casa.

OBA!

Ok, até agora não fui muito produtiva, mas ao menos estou sendo obediente. Nada de conversas, nada de diálogos inúteis, nada de respostas sem-paciência para perguntas chatas, nada de telefonemas.

OBA!

A parte ruim é que não sei quando terei a minha voz de volta (e, de repente, se não fosse pedir muito, ela pudesse voltar menos esganiçada...). Até lá continuarei meio Ariel na Little Mermaid, claro que sem caminhar por milhões de pontas de faca a cada passo (apesar de adorar a versão Disney, esqueçam-na por um momento e busquei a versão conto0de-fadas original. Recomendo.), mas experimentando o mundo de uma maneira mais pensativa, contemplativa e quieta.

(Só espero que eu não enlouqueça antes de melhorar. E nesse meio tempo, tento escrever mais pra compensar o silêncio.)

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