Vários filmes neste feriado. Nada muito além disso, filmes, descanso, amigos.
(Não se preocupe, este é um post spoiler-free!)
Pra mim, o melhor é Lars and the Real Girl, que eu nem sei se saiu no Brasil, mas é uma história adorável, que mostra como a sensibilidade e a colaboração podem melhorar a convivência e, de repente, resolver alguns problemas individuais. O Lars (o talentosíssimo Ryan Gosling) é um rapaz solitário que não sabe como se relacionar com as pessoas. Até que ele conhece Bianca, pela internet, e a traz para casa.
O problema, como vocês podem ver, é que a Bianca é uma boneca, uma real doll, só que, para ele, é uma pessoa real. Com a desculpa de tratar Bianca, a médica da cidade deixa a boneca na sala de exames e passa a conversar com Lars, para tentar encontrar a causa dessa ilusão. Acontece que no meio do caminho toda a cidade se envolve com o problema, e passa a tratar a Bianca como uma pessoa de verdade também.
O legal é ver que as pessoas compreendem o problema dele, percebem que ele precisa de ajuda e de apoio. E que a percepção de que todos temos defeitos, em diferentes níveis de loucura, faz tudo parecer tão mais fácil.
Recomendo. Se alguém quiser e não puder encontrar na locadora, eu posso gravar.
O outro filme é Cloverfield.
Bem mais ou menos. O argumento é bom, e o filme começa bem, mas a insistência em alguns diretores em fazer o inverossímel parecer comum e possível nas situações mais absurdas faz tudo ir por água abaixo. Não dá pra forçar a barra, sabe.
Sem ser spoiler (não, eu não vou dizer nada que você provavelmente já não saiba sobre o filme), eu pergunto: faz sentido você voltar para resgatar alguém que está embaixo de uma parede, do outro lado da cidade, bem no meio dos ataques, quando a cidade está sendo atacada por um inimigo ainda desconhecido e o exército está nas ruas te mandando sair dali o mais rápido possível? Ok, até aí, tudo bem. Mas você volta sem estar preparado, não pega armas nem nada. E a pessoa (your sweetheart) tem um cano atravessado no ombro esquerdo. E você, claro, sem qualquer preparo médico ou noção de primeiros socorros simplesmente ergue a pessoa, separando-a do cano, e amarra sua camisa ao redor do ombro da pessoa, que não morre de hemorragia nem nada. Aí é que começa a ficar tudo muito forçado. Aí a coisa degringola.
E o filme até tem potencial, sabe, a idéia é boa, e o início mostra algumas boas cenas de susto. Só que tudo se perde.
O outro filme, Awake, tem a Jessica Alba e o Hayden Darth-Vader Christensen, e tem um ótimo argumento, mas o início é meloso demais, e não fica bem claro porque essa situação de anestesia consciente que eles descrevem logo que o filme começa acontece com o Clayton, que é o personagem do H. Christensen.
A idéia é boa, só que eu achei o filme médio.
Aliás, com exceção feita à Lars, eu ultimamente tenho achado todos os filmes mais ou menos. Vai ver que o fato de ver muitos e muitos filmes, de todos os tipos, está me deixando mais chata e crítica e exigente. O que é bom por um lado, mas me deixa bem desanimada com os filmes que tenho assistido, e torna bem mais complicado para um filme me surpreender.
Ah, sim, o último da lista, Southland Tales, tem a Buffy Michelle Gellar, tem o Dwayne Johnson (formerly known as The Rock), tem o Stifler (Seann William Scott), tem até o Justin Timberlake, o que não tem é um foco. São várias idéias ao mesmo tempo, jogadas num liquidificador futurista pessimista sem muito sentido.
Esse não me segurou nem trinta minutos interessada e eu dormi.
Alguém viu algum filme bom ultimamente para me recomendar?
Um comentário:
Quero ver Lars!!! Onde encontro?
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