fevereiro 02, 2008

Ziriguidum, balacobaco, telecoteco e outras carnavalices

Sábado de carnaval. E eu penso, e daí.

Está chovendo, está frio, está ventoso lá fora, e aqui dentro está gostoso e quentinho e aconchegante e há abraços, e edredom e tudo de bom.

E eu não tenho uma célula sequer de ziriguidum no corpo, e não sinto a menor falta.

Quando era menor ainda me sentia culpada por não gostar nem um pouco desse frenesi de carnaval, de "uh, se joga!", ou então "ah, vamos aproveitar e fazer tudo o que não dá pra fazer no resto do ano", que eu acho hipócrita demais. Sentia um isolamento, uma vez que ninguém mais dizia que não gostava ou que preferia ir fazer outra coisa ao invés de sair saltitando com dedinhos pra cima enrolada em serpentinas feitas de um papel muito fedorento atrás de outras pessoas saltitantes com os dedinhos pra cima enroladas também em serpentinas muito fedidas de um papel muito chinfrim.

O bom da vida é que se cresce (isso sempre é bom) e se percebe que o mundo é bem maior (isso sempre é melhor ainda) e se encontra mais pessoas com os mesmos gostos e interesses. E eu tenho a felicidade de ter amigos que também não têm genes carvanalescos e que preferem estar em outros lugares, ouvindo outras músicas.

Como ontem, em comemoração ao aniversário de um amigo, numa mesa com várias pessoas, ninguém gostava de carnaval. E, num restaurante em que o principal produto eram as cachaças, apenas uma pessoa estava bebendo da tal bebida típica do país.

Se serve de alguma coisa, é o fato de não ter que ir trabalhar por mais alguns dias. E gostar do feriado significa ter que gostar um pouquinho de Carnaval, então tá. Eu gosto. Bem pouco. E ainda assim só da apuração dos votos.

Um comentário:

Pam Nogueira disse...

Somos duas, guria! Eu já tentei, juro, até fui miss carnaval hahaha, mas não dá! Ainhouuu
Muito massa o comercial, Cris! =)

Beijocas =***