outubro 15, 2007

Aniversário

Amanhã (ou hoje, dependendo do ponto de vista) é aniversário de Boyfriend.

E estou quebrando a minha cabeça para saber que presente comprar para o melhor namorado de todos.

É fato que ele é um chato de marca maior, durante a maior parte do tempo, mas é assim que ele é, e mesmo sendo assim ele encontra meios de me fazer muito contente, durante a maior parte do tempo.

Ele foi uma das melhores descobertas que eu já ousei fazer, e é um dos melhores desbravadores que eu conheço (sim, porque eu não sou lá muito fácil, sabe, e sei disso). Ele ri das minhas bobagens, mesmo das mais sem-graça, e me faz companhia. Aliás, tirando para aquelas atividades típicas de fazer com as amigas, ele é a companhia perfeita. Aliás, tirando as atividades que eu escolho fazer só com as minhas amigas (porque tem horas que só uma menina para entender outra menina, sabe), escolheria inclui-lo em todas as atividades.

E tem uma coisa engraçada, sabe, que é o não-falar. Muito se diz quando as pessoas não-falam, e, pra mim, a melhor forma de dizer qualquer coisa é demonstrar. Ele tem demonstrado, de várias maneiras, em vários momentos, de diversos ângulos de visão. Eu, do meu jeito tosco e destrambelhado, desastrado e espaçoso, tento demonstrar também. Tento retribuir a confiança e o contentamento, não da minha maneira, porque daí seria um desastre, sabe, como todas as minhas tentativas de demonstração de afeto, mas da maneira que o faz contente, que o satisfaz.

Ele discute quando acha que eu não tenho razão, mesmo que eu diga que sempre tenho razão. Ele estoura meu grande balão colorido voador e me coloca os pés no chão, de novo, e, bah, como isso me alegra. Ele diz que tem medo, mas eu sei que é só desculpa pra segurar a minha mão. Ele lê o que eu escrevo e me diz quando está bom e me diz quando está ruim. E, independente da opinião, ele me diz pra continuar escrevendo. Da mesma maneira que eu incomodo ele pra continuar ensaiando.

São dele muitos dos méritos de eu ser tão mais tranquila. Ou, ao menos, mais controlada. Isso é bom? Para mim, por enquanto sim. São dele os méritos de muitos momentos legais que tive nos últimos tempos. Mas eu sei que ele não é de todo responsável.

Ele é responsável, sim, é por me provocar a ser uma pessoa melhor, por me instigar a saber mais, a tentar ver o mundo de outras formas, por me deixar tão à vontade para ser eu mesma.

Não tenho palavras (quer dizer, tenho as palavras, mas todas elas são explicitamente íntimas, e de uma intimidade que eu opto por não deixar pública, porque sei o quanto ele é avesso à publicissismos.) para dizer o quanto gosto dele. Mas tenho uma foto. Melhor dizendo, tenho milhares de fotos, e montagens e tudo o mais, mesmo sendo ele tão avesso a fotos. Mas esta, em específico, fala mais do que eu poderia dizer aqui escrevendo sem parar.




(you are my neverending party)

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