Acordei-me há pouco porque estava tocando na rádio "she drives me crazy" e as imagens da Miss Piggy perseguindo o Kermit the Frog num clip com o Bruce e a Demi, quando ainda eram um casal, entre outras personalidades, invadiram minhas idéias e me tiraram de vez do sono profundo em que me encontrava desde que cheguei em casa, hoje, depois do trabalho. Quer dizer, eu já vinha dormindo antes, no ônibus, mas estava preocupada em perder a parada - isso acontece com alguma frequência, então é melhor cuidar - então não conta como descanso.
Estava exausta. Cansada da maratona feira-atividades da feira-passo fundo-viagem-outras coisas que cansam e não cabem falar aqui-mais atividades-volta ao trabalho. Estou ainda cansada do trabalho que faço, mas para isso um plano já está em elaboração. Estava fisicamente cansada, com o sono atrasado, de uma deliciosa janta ontem, em que fez-se o inverno só pra combinar com a comida e com o vinho, em que eu quebrei a unha e machuquei o dedo e fiquei me sentindo boba porque precisava do silêncio, e fiquei lá só ouvindo, e depois me dei conta que há momentos de silêncio em mim que não significa silêncio no mundo.
Como nos minutos que antecedem uma tsunami, a água se retrai, se encolhe, silencia, volta para dentro de si, para juntar forças e aumentar de tamanho e multiplicar o poder de levar tudo embora, de empurrar, de causar um tanto de destruição e provocar muito de reconstrução.
Estou agora acordando mesmo, sentindo o corpo estalar e esticar feito caule que abre uma folha nova, os dedos ainda dormentes de segurarem o travesseiro ainda passeiam por algumas letras erradas, e eu tenho que voltar e concentrar. O corpo demora a acordar, bem mais que as idéias.
Falei com milhares de pessoas nessas poucas horas de soneca da tarde. Não me lembro exatamente o que conversei com todos, só sei que falei. Se eu falei alguma bobagem, desculpem. Agora vou ali tomar um chá e ver se termino de acordar.
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