junho 30, 2009

Arcaico

O bom e velho papel nunca falha.
PS: eu AMO essa tecnologia! ;-)

junho 29, 2009


O meu celular prevê o tempo. Confirmei isso hoje.

Ele tem um papel de parede animado, em que se intercalam imagens de frio, de calor, de chuva, de verão, de primavera, de inverno, de outono.



Já faz um tempo, comecei a notar que sempre que o papel de parede mostra a cena de chuva (essas que tentei reproduzir nas fotos, mas que sempre estava uns segundos atrasado em relação aos pingos, esses pontinhos coloridos na diagonal, ok, não deve estar muito nítido, de repente é uma coisa que funciona só comigo, como um oráculo que só se comunica comigo, mas, voltemos), acaba chovendo ao longo do dia.

Como hoje, por exemplo, havia um céu azul e um sol relativamente quente para inverno, praticamente um veranico, só que de junho, e o celular me mostrando chuva. E eu intrigadíssima, porque não fazia sentido algum.


Até que lá por três da tarde o céu começou a escurecer e esfriar, e um vento forte e gelado começou. E pouco depois, a chuva.

Até agora não parou.


Será que tem como programar o papel de parede para os números que vão ser sorteados na megasena?

junho 26, 2009

De formiguinha

Já diria Sun Tzu, que uma caminhada de mil passos começa sempre com um único.

junho 25, 2009

Faça sua parte

Existe uma medida provisória que o excelentíssimo senhor presidente Cefalópode* pode assinar amanhã autorizando que boa parte da Amazônia (67 milhões de hectares) seja privatizada. Sim, privatizada. A mesma coisa que ele criticava quando os governos anteriores faziam com as empresas, agora está prestes a fazer com a Amazônia, com as terras cobertas de árvores nativas onde milhares e milhares de espécies animais vivem (sobrevivem).

Peço que entre aqui para assinar a mensagem e (tentar) impressionar o Cefalópode, fazê-lo ter um pouquinho de bom senso e vetar essa MP. Ou então faça como eu, copie a mensagem abaixo e cole no formulário de mensagens daqui. Não sei se ele chegará a ler (em alguns momentos duvido que ele tenha tal habilidade), mas de repente a caixa de emails fique abarrotada e isso o impressione.

A mensagem:


Prezado Presidente Lula,

Eu estou escrevendo para expressar a minha
preocupação com a Medida Provisória 458. A MP 458 deve regularizar as terras de
pequenos agricultores e não de empresas privadas ou pessoas que não moram na
propriedade. Além do mais, o tempo mínimo para venda das propriedades de todos
os tamanhos deve ser 10 anos, para assim se evitar a especulação comercial na
região. É sensato beneficiar pequenos agricultores que irão trabalhar com o
governo para proteger a floresta, mas certamente não especuladores e empresas
que não tem compromisso nenhum com a preservação da Amazônia.

Eu
gostaria de pedir portanto que vossa excelência:

1. Vete os incisos II e
IV do artigo 2º que permite a “ocupação e exploração indireta”

2. Vete
artigo 7º que permite título às empresas privadas

3. Mantenha o prazo
para venda de terras regulamentadas em 10 anos para todos os tamanhos de
propriedades

Nos próximos dois dias você terá a oportunidade de tomar
uma decisão que irá afetar as futuras gerações, não somente do nosso país, como
do mundo todo. Esperamos que vossa excelência cumpra as expectativas do povo
brasileiro, mostrando o seu compromisso com o bem do qual mais temos orgulho – a
floresta Amazônica.

Por favor, faça a escolha certa e vete os pontos
acima.

Atenciosamente,





* Acho extremamente conveniente que o apelido/nome popular que o Excelentíssimo Sr use signifique Cefalópode, que pode ser traduzido por "cabeça nos pés", e que eu estico para "meter os pés pela cabeça o tempo inteiro".

junho 23, 2009

A Preguiça

Enquanto estou aqui escrevendo, e pesquisando e respondendo uns emails, no sofá, Cookie, o gato mais fofo e lindo do mundo, se esparrama entre minhas pernas.

De vez em quando ele se levanta, estica o corpo, olha em volta, como à procura de algo mais interessante. Umas duas piscadelas bem sonolentas, e ele dá uma volta em torno de si mesmo para se enroscar e colocar a cabeça sobre o meu joelho, de novo.

(há fotos, mas estou agora sem o bluetooth, então só depois)

E o melhor de tudo é que ele é um forninho de tão quente, perfeito para esses dias de frio.

Testezinhos que nós amamos!

Bem, ao menos eu amo. Desde os tempos de Capricho, lá nos idos de milenovecentos-e-guaraná-de-rolha. (não, isso não é uma data verídica, mas é lá no século passado)



Aí eu encontrei este aqui, lendo este blog, onde cheguei por meio do Flickr dela, que nem sabe que eu existo, mas quem admiro muuuuuuito. (as cores, os ângulos, o enquadramento, as escolhas são sempre muito lindas.)



Aí eu fiz o teste. E descobri que sou "O Vampiro de Curitiba", de Daltron Trevisan. Ver resultado aqui.



O resultado:



Descolado, objetivo e realista. Cult. Você deve se sentir mais à vontade longe
de shoppings, da TV e de qualquer coisa que grite “cultura de massa”. Nada de
meias palavras: a elas, você prefere o silêncio. Você não vê o mundo através de
lentes cor-de-rosa, muito pelo contrário. Procura ver o mundo como ele é,
entendê-lo, senti-lo. Às vezes, bate até aquele sentimento de exclusão, ou de
solidão. Mas é o preço que se paga por ser um pouco "marginal". Não se preocupe,
pois você atrai a admiração de pessoas como você: modernas no melhor sentido da
palavra.
Em "O vampiro de Curitiba" (1965), Nelsinho protagoniza uma
variedade de contos, nos quais ele busca satisfazer sua obsessão sexual vagando
pelas ruas de Curitiba - paralelamente, esta cidade de contrastes se revela ao
leitor. A temática e a forma já denunciam: este não é um livro para qualquer um.
Tem que ter cabeça aberta para enfrentar a linguagem nua e crua de Trevisan, que
é reverenciado pelo leitor capaz de driblar velhos ranços burgueses.


Alguém mais pode fazer o teste? Morri de curiosidade para saber quais são os outros livros da lista. Aposto que sai um Paulo Coelho por aí, só falta saber quem. (Ihihihihihihih)

junho 22, 2009

Enquanto isso, no Irã...

(Um aviso. Para aqueles que nadam raso, com medo de mergulhar, mera notícia. Para escafandristas, será um grande iceberg. Ou, simplificando, para bom espremedor, meia laranja.)


Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, engordou, deixou os cabelos crescerem, cortou a barba e virou mulher. Ele é áspero, ácido, e, acima de tudo, dissimulado. Um horror de pessoa. Ainda mais para se ter por perto. Porque Ahmadinejad controla um país achando que controla a História. Que controla o Mundo. Ele resolveu agora que merece o Poder, que é uma consequência divina de sua existência manter-se no Poder. Ele resolver agora que é sua função controlar tudo e tudos.

E a pior parte vem agora. Ahmadinejad virou meu chefe. O mesmo Ahmadinejad que implicava comigo quando eu cheguei ao Irã, quando eu botei meus pés nesta terra árida e seca e cheia de pó. Cheia também de ódio e mágoas e, por Alá, tantas intrigas e tantas tramas por baixo dos panos e dos véus, que até eu entender onde vim parar e o que estava acontecendo à minha volta, o plano já estava traçado e a bomba atômica era uma realidade.

(Ahmadinejad, meu chefe, e sua megalomania)


Pois eu achei que playing low, sabe, aquela coisa de fazer meu trabalho direitinho, e não chamar atenção e não desagradar o Big Boss. Como por exemplo nunca usar coisas roxas nem azuis, porque ele não gosta, e lhe desagrada mais ainda coisas bonitas que não lhe pertençam e que ele não possa ter. Sabe a criança que põe sua bola debaixo do braço e bolta pra casa porque o Kichute do vizinho é mais bonito e apareceu na tevê. Difícil de agradar.

Tamanho engano espero nunca mais cometer. Ahmadinejad é vingativo, é maldoso. E primeiro me tirou o direito de estudar. Mulheres não podem estudar, porque estudo gera pensamento, e pensamento gera mudança, e mesmo que a mudança seja boa, qualquer mudança para Ahmadinejad é sempre ruim, chacoalhar sua masmorra de Poder (que ao fim e ao cabo é feita da mesma areia e pó e terra seca) é sempre a pior escolha.

Mas aí é que aconteceu. Eu comecei mesmo a ter idéias. Idéias de liberdade, idéias de justiça. E achei mesmo que o meu voto fosse mudar o mundo. Juro, eu acreditei nessa baboseira. E quando vi que era tudo uma armação, fui ao poder mais alto, reivindicar direitos e exigir punição a toda a maldade que vinha acontecendo.

Marquei audiência com ninguém menos que Aiatolá Ali Khamenei, que é quem manda mesmo e sempre dá a última palavra. Agora imagine, Aiatolá Khamenei é uma pessoa alta, mas perdeu a barba, e tirou o turbante, deixando a careca avançada à mostra, com os mesmos óculos. E a mesma imagem do Aiatolá Ruhollah Khomeini, entidade máxima religiosa e mandatória.

(Khamenei e seu enigmático sorriso me enganaram direitinho)


Pois bem Aiatolá Khamenei, que sempre me pareceu uma pessoa de bom senso, com um tanto de atrapalhação mas, ao fim, uma pessoa correta, justa. Pois bem, a medida que ia falando, ele se afastava e se afastava, esticando pelos lábios um sorriso duvidoso, com um tanto de malícia escapando por cada canto da boca.

Como se dissesse, você acabou, minha cara, ele não moveu um dedo para me defender. Esticou o pescoço para sinalizar ao representante da Guarda Revolucionária do Irã, e foi o meu fim.

Não sei como eu pude ser tão ingênua. Agora que estou presa, prestes a ser torturada, nem a Anistia Internacional pode me salvar agora.



(Khomeini é o pastor e certamente me torturará.)

Sonho de consumo

Aqui.


(Papai Noel, se eu me comportar até o final do ano, ok, então, até o fim da minha vida, você promete me deixar essa embaixo da árvore, para mim?)



junho 21, 2009

Pra completar

Não seria eu se não houvesse algumas fotos. Então vamos lá.






(Pelos olhos da Ane)





(mãos)
(sorriso)


(Comemorações)









(quermesse)
















()








(Dia dos Namorados)









(Criação da Adri Baldino)










(uma parecida está )











E elas estão meio fora de ordem, mas, ah, não precisa organizar, precisa?












(No aniver da Vica)







(amo)












(lugar)






(perspectiva pós aula)









(lindo)












(saudades!)







Fazendo de mim mesma notícia.

Alguns de vocês, meus menos de dez leitores, já perceberam, mas, na dúvida, eu aviso: atualizei aqui, e aqui acabou mas eu logo comecei aqui, e além de tudo tem meu nome , onde diz que seremos Outras Mulheres Dani LanGer (muuuuuuuito piada interna), LLLLLLLLLLLeila (mais piada interna), Renata Wolff, e eu, entre outras.

Honra de estar na lista. Alegria de ver meu nome lá. Prazer da palavra impressa.

Então que...

Então que a vida continua.

Os dias seguem sua sequência conhecida e o sol nasce e se põe e a lua cresce e descresce no céu, indiferentes a qualquer outra coisa que aconteça.

E eu também, continuo, indiferente a algumas coisas que acontecem, alguns acessos esquisitos, alguns emails suspeitos, mas nada que me impeça de seguir em frente.

E seguir em frente tem suas vantagens. Seguir em frente se mostra sempre ser a melhor opção.

A vida seguida em frente mostra-se sempre mais interessante, mais rica, mais cheia de amigos e de propostas e de projetos e de acontecimentos.

Mas afinal o que seria da vida se não fossem seus acontecimentos? John Lennon já cantava que a vida é o que nos acontece enquanto estamos fazendo outros planos. Eu passo a discordar, cantando meus próprios versos, que a vida é o que acontece enquanto construimos nossos planos. É, meus versos nunca rimam, mas e quem disse que para ser bom tem que rimar?

Eu tinha pensado em escrever um super post com vários itens, atualizando tudo, tintim por tintim (sempre achei muito engraçada esta expressão, mas segue a história, porque senão não acaba nunca), mas pensei com meus botões, para quê? Para quem? Só para agradar fetiches alheios? Ná, que eu não estou aqui para agradar a ninguém além de mim mesma, e quem importa mesmo sabe tudo o que está acontencendo comigo. E não é pouca coisa.

Desisti de fazer um post atualizando os últimos meses. A minha memória falha. E o que importa mesmo, escreve em algum dos meus milhares de caderninhos, para ter registrado, só para mim.

Vou fazer de conta que não houve esse lapso de tempo em branco. Vou fazer de conta que sempre estive por aqui. Vou fazer de conta que isso até importa. Vou continuar.