Passei o final de semana dormindo bastante. Não sei se consequência ou apenas fato sem qualquer associação, sonhei bastante também. Coisas bizarras. Estranhas, absurdas até a última instância.
O problema é que não consigo lembrar de quase nada. Como estava num constante dorme-acorda, havia momentos que não sabia mais se estava lembrando e desenvolvendo o sonho ou continuando a sonhar.
Das poucas partes que me lembro, estava com a minha irmã e mais alguém, um estranho, no bar do Valdir (
explicação: quando passávamos férias na casa da minha avó, em Novo Hamburgo, as tardes eram quentes e ociosas, e a única distração que tínhamos diferente da piscina na casa da tia Beth eram as idas ao bar do Valdir, com seus milhares de sabores de picolés, sorvetes, chocolates, balas e chiclés disponíveis, que a gente - minha irmã, meu primo e eu - conseguia comprar ao receber trocadinhos do nosso avô depois de realizar tarefas bobas como juntar as folhas do pátio, ou ajudar a lavar o carro, coisas assim. O bar do Valdir ficava numa esquina, a umas duas quadras da casa da minha avó, que, sob o calor do verão de Novo Hamburgo, pareciam as mais longas da vida.), esfomeadas, esperando chegar nosso sanduiche com bife. Tínhamos chegado ali porque o restaurante do shopping, onde estávamos com meu pai, minha tia e minha outra avó, e o estranho inidentificável, não queria me servir, e eu só queria um pouco da berinjela e do pão que parecia delicioso. Enquanto esperávamos - e no sonho eu sabia que estava ali só para comer, porque o Valdir jamais deixaria a gente passar fome, e, porque era perto do shopping, voltaríamos logo para encontrá-los - estávamos conversando com o estranho com uma intimidade, principalmente minha irmã, que me assustou. Logo em seguida chegam os pratos, bandejas prateadas com sanduiche e bife já cortadinhos, e várias caixas de fósforos, daquelas com o olho gigante, embaladas de seis em seis num papel branco e preto. E o mais absurdo é que eu estava cortando as caixas com garfo e faca e comendo-as - e aqui eu tinha a nítida sensação de comer alguma coisa crocante, inclusive sentido o cheiro da caixa de fósforos -, juntando os palitos que caíam do garfo para misturar com o bife que não me pareceu mais tão saboroso. Nós três comíamos os fósforos, aparentemente adorando. Até que chegou uma quarta pessoa a se juntar, justamente porque queria comer fósforos.
Detalhe interessante: o shopping era como se fosse parque de diversões, só que os brinquedos não eram usados para diversão, e sim para locomoção. Para chegar até o andar do restaurante (
de onde tive que sair depois) foi preciso usar uma roda gigante.
Estou curiosíssima quanto ao significado de tudo isso. Mas estou sem o livro à mão pra procurar e muito cansada pra descer agora e procurar. Acho que nem vai ter significado catalogado, de tão doente que me parece agora o sonho. Se tiver, se eu vier a saber o que significa, conto.